Com uma vasta produção literária e ativista cultural, Ruth Hellmann era denominada “A Poetisa das Crianças e Musa dos Cordéis”. (Foto: Eduarda Rosa)
A poetisa Ruth Hellman, uma das fundadoras da ADL (Academia Douradense de Letras), faleceu na tarde desta sexta-feira (22), no Hospital da Cassems, em Dourados, vítima de câncer.
Ainda não há informações sobre local e horário do velório, mas o sepultamento deverá ser no mausoléu da ADL, no Cemitério Santo Antônio de Pádua.
TRAJETÓRIA
Ruth Hellmann Claudino nasceu em Erechim (RS), mas residia em Dourados desde 1981. Era uma das fundadoras da Academia Douradense de Letras e tomou posse em 27 de março de 1993 na Cadeira nº 15 (Patrono: Clori Benedetti de Freitas), sendo denominada “A Poetisa das Crianças e Musa dos Cordéis”.
Lançou seu primeiro livro em 1990, chamado “Poemas espontâneos”, e desde então escreveu 23 obras, sendo três de poemas e 19 infantis.
Dentre eles, “Amar Você”; “Alguns Amigos”; “Mela e Melô”; “As abelhas”; “Ande no Alfabeto”; “Jati chorou” e sua tradução para a língua inglesa “Jati Cried”; “Amigas Amoras”; “Elefantes Elegantes”; “Ande em Números”; “Fitas no Formigueiro”; “Pequenos Poemas”; “A sacada e a cevada”; “Versos e Versículos”; “Upa-Upa”, livro trilíngue (português, guarani e espanhol); “Pão e Poesia – Pan y Poesía” (português e espanhol); “Poemas para Dourados”; “Ande nas Vogais”, “Angol no sítio”, “A Lenda dos Tuiuiús” e “Perseverança”, lançado em 2018.
Além dos livros, publicou dezenas de folhetos de literatura de cordel, gênero literário que lhe rendeu muitos prêmios em concursos de diversos estados.
Também era membro-correspondente da Academia Irajaense de Letras e Artes, do Rio de Janeiro e ocupava a 39ª cadeira da Academia de Letras do Brasil.
FORÇA
Nos últimos 6 anos, mesmo enfrentando a doença que a vitimou nesta tarde, e passando por tratamentos quimioterápicos, Ruth Hellmann não parou com as atividades literárias, publicando livros e participando de feiras, palestras e sessões de contação de histórias em escolas e bibliotecas de Dourados e outros municípios de Mato Grosso do Sul.
Recebeu em 2011, da Câmara de Vereadores, o título de “Cidadã Douradense”, e o Prêmio “Marçal de Sousa – Tupã I”
Participou de cinco encontros Internacionais de Poetas e Escritores, em Puerto Iguazú, Misiones, Argentina. Em Maio de 2014 participou do “III Foro Internacional de Literatura Infantil y Juvenil”, em Posadas, Misiones, Argentina, onde apresentou as suas obras.
Participou da coletânea Internacional “Mujeres y sus plumas, em Hernandarias / Paraguay. E da Coletânea “Palabras que brillan” em Misiones / Argentina, em 2016.
Em 2014 e 16 trabalhou o “Projeto Mais Cultura” na Escola Municipal Elza Farias, com a oficina de Cordel, para 9 (nove) turmas do 6º ao 8º anos do curso fundamental.
Obteve o Troféu Âmbito Nacional – Escola Cruzeiro do Sul, São Lourenço do Sul / RS, com um poema sobra a escola.
Em 2015 recebeu pela segunda vez, o Prêmio “Marçal de Sousa” pela do seu livro Trilingue: “Upa-Upa”.
Em 2016 – Participou da feira do livro de Maringá / PR, onde expos as suas obras.
Em 2017 – participou do FLID – Feira Literária Internacional de Dourados, onde lançou o seu livro “A Lenda dos Tuiuiús”.
Participou do FLIDO – 1º Festival Literário de Dourados – com exposição de livros e da mesa redonda dos escritores douradenses.
Participou de vários saraus na Biblioteca D. Aquino Correia de Naviraí.
2017 – O seu livro “Angol no sítio” obteve o terceiro lugar no “Prêmio Guavira de Literatura, categoria infanto-juvenil da Secretaria de Cultura do MS. Esta é contado pela contadora de histórias Sonia Morel no “II Festival de Educação Infantil”, promoção e realização da Secretaria de Educação de Dourados, onde a autora é homenageada.
Em março de 2018 recebeu Moção Legislativa da Câmara Municipal de Dourados pela premiação do livro “Angol no sítio”, proposição do Vereador Sergio Nogueira.
No dia 23 daquele mês, participou da “V Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente”, em Fátima do Sul, apresentando o seu cordel “Água simplesmente”.
Ainda ano passado, recebeu o Prêmio Ildefonso Ribeiro da Silva – Maior Prêmio de Dourados.
Em 2019, foi uma das fundadoras da Liga dos Contadores de História de Mato Grosso do Sul.