As investigações policiais sobre o grupo que planejava matar 12 agentes da segurança pública, em Mato Grosso do Sul, também apontou que um dos lÃderes usou o Facebook para fazer postagens, no qual debocha de juÃzes e exalta o traficante Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola.
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, da Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado (Deco), os investigadores acharam várias mensagens trocadas por presos, além de fazer prints de postagens das redes sociais de chefes do grupo, no qual eles ainda instigam os outros bandidos a investirem contra servidores estaduais.
A polÃcia também incluiu no inquérito áudios de criminosos que afrontam o poder judiciário e incitam o crime.
Entenda o caso
A operação Impetus, que significa contra-ataque, foi deflagrada há dois dias. A investigação teve inÃcio há quatro meses e apontou que eles levantaram informações sobre os servidores, amigos e familiares e contrataram até detetive particular.
As ordens do plano eram dados por presidiários considerados chefes do PCC, sendo que três deles do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima e dois do PresÃdio Estadual de Dourados foram encaminhados à delegacia para depoimento e indiciados por ameaça e integrar organização criminosa.
De acordo com a Deco, 20 criminosos apontados como chefe montaram uma "Central de Inteligência" e de lá davam ordens para que internos dos regimes semiaberto, aberto, fechado ligados à facção e ainda integrantes que estavam em liberdade, levantassem informações sobre a rotina dos alvos.
Enquanto uns buscavam informações nas redes sociais, cadastros de dados públicos e até no Diário Oficial, outros vigiavam in loco os alvos - com registros em fotos e vÃdeos -, informações sobre familiares, amigos, colegas de trabalho, locais frequentados, veÃculos utilizados e horários vulneráveis.
Neste mês, ainda conforme a polÃcia, os levantamentos sobre a rotina dos agentes se intensificaram. Ele poderiam ser alvos de atentado porque eram considerados pela facção como 'opressores da irmandade'. A Deco apontou que as ordens para os levantamentos eram feitas "de forma compartimentada", sendo que integrantes da facção não sabiam o que os demais estavam fazendo. Ao todo, 5 presos foram indiciados.