As redes de franquias em Mato Grosso do Sul tiveram uma recuperação de 41% no segundo trimestre de 2021 comparado ao mesmo período do ano passado. O “fôlego” corresponde a um lucro de R$ 177 milhões, com crescimento em unidades e empregos estáveis.
Conforme dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising), o setor que mais cresceu após o pico da pandemia em MS foi o de franquias de Entretenimento e Lazer, com variação de 858,9% no segundo trimestre neste ano.
Um dos setores mais impactados pela pandemia, o de Hotelaria e Turismo cresceu 393,9% neste ano, seguido pelo setor de Moda, com 130%. Mantendo-se estável entre um período e outro, o setor de Alimentação – Food Service, registrou 15,2% no segundo trimestre de 2020 e 23,8% neste período em 2021. Assim como as franquias de Saúde, Beleza e Bem-Estar, que tiveram 25% e 27,5%, respectivamente.
Quando comparado às unidades de franquias, o crescimento foi de 7,2%. Enquanto uns setores abriram novas redes, outros fecharam as portas. Como no caso do setor de Hotelaria, que teve uma variação de -25,4%: no segundo trimestre de 2020, eram 59 franquias de hotéis, enquanto em 2021, foram registrados 44 unidades.
Dois setores que tiveram boa recuperação no quesito unidades abertas foram as franquias de Alimentação – Comércio e Distribuição, além dos Serviços Automotivos (28,4% e 14% respectivamente).
Referente aos empregos gerados, houve uma estabilidade e a variação foi de apenas 0,1%. No 2º trimestre de 2020, as franquias geraram 19.123 empregos, enquanto em 2021 são 19.151 empregos.
Franquias no Centro-Oeste
Na região Centro-Oeste, o cenário é semelhante e aponta um crescimento de 58,2% no faturamento geral do setor, com mais de R$ 3,7 bilhões de receita. O dado é bem superior à variação do ano passado, frente a 2019, que foi de -35%. Já em número de unidades, o mercado da Região expandiu mais de 10%, com 14.691 operações.
Para a diretora da Regional da ABF Centro-Oeste, Claudia Vobeto, o mercado de franquias da Região confirmou ser resiliente e flexível, capaz de se adaptar rapidamente ao novo cenário. "Somos uma região que contribui muito com o crescimento do setor e de outros também importantes, como o agronegócio. Temos o nosso lugar de destaque na economia nacional. Com a flexibilização das medidas, os empresários puderam buscar novamente as oportunidades de negócio e, com isso, sentimos um impacto positivo na economia nesse período", declarou a diretora.
A pesquisa da ABF aponta alguns segmentos que se destacaram no 2º trimestre analisado frente a igual período de 2020. Os mais impactados pela pandemia — Entretenimento e Lazer, e Hotelaria e Turismo — começaram sua recuperação nos meses pesquisados, com variações positivas superiores a 800% e 300%, respectivamente. Ambos foram beneficiados por medidas como a reabertura das atividades econômicas não essenciais e o avanço da vacinação, além da forte demanda reprimida. É importante ressaltar, porém, que esse resultado foi conseguido em relação a uma base muito deprimida no 2º trimestre de 2020.
Em relação aos empregos, de acordo com a pesquisa, o setor no Centro-Oeste gerou mais de 115 mil empregos diretos nos meses de abril, maio e junho. Isso representou um crescimento de 2,5% frente ao mesmo período do ano passado.
A maioria dos pontos da Região atua nos mercados de Serviços e Outros Negócios (23,4%), Alimentação Food Service (18,8%) e Saúde, Beleza e Bem-Estar (15%), o que demonstra a diversidade e a versatilidade do franchising do Centro-Oeste.
MM