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'Maníaco da Torre' é condenado a 21 anos e 4 meses de prisão

Segundo as investigações, Ednalva é apenas uma vítima de uma série de mulheres mortas de forma parecida em Maringá.


'Maníaco da Torre' foi apresentado na Delegacia de Maringá em 2015 — Foto: Junior Evangelista/RPC

O assassino conhecido como "Maníaco da Torre" foi condenado a 21 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento dele ocorreu na quinta-feira (14) em Maringá, no norte do Paraná, e durou quase 12 horas.

 

Roney Fon Firmino Gomes pode ter matado, ao menos, 13 mulheres em Maringá, segundo a polícia. O "Maníaco da Torre" é considerado pela polícia como um dos maiores assassinos em série do estado.

 

A sentença foi proferida pelo juiz Cláudio Camago dos Santos, por volta das 20h30 de quinta-feira. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), o homem de 44 anos matou e escondeu o corpo de Ednalva José da Paz, de 19 anos. O corpo dela foi encontrado em dezembro de 2010.

 

O julgamento

Durante toda a quinta-feira, o Fórum de Maringá ficou movimentado e, em alguns momentos, uma fila chegou a se formar, com as pessoas que queriam acompanhar os trabalhos.

 

Ao longo do júri, o promotor de Justiça argumentou e trouxe evidências que ligavam o réu a vítima, enquanto a defesa tentava desqualificar e minimizar as provas.

 

Como a decisão é em primeira instância, a defesa afirmou que vai recorrer.

 

Roney Fon Firmino Gomes foi considerado culpado pelos crimes por quatro votos a três. O "Maníaco da Torre" ainda responde por outros cinco homicídios.

 

Vítimas

Segundo as investigações, Ednalva é apenas uma vítima de uma série de mulheres mortas de forma parecida em Maringá.

 

Os corpos das vítimas eram deixados sempre nus, de barriga para cima, no meio de plantações e embaixo de torres de energia. Por isso ficou, ficou conhecido como "Maníaco da Torre".

 

Em julho de 2015, Roney Fon Firmino Gomes foi preso depois que a polícia localizou no local do último crime a peça de um carro que encaixou no veículo dele.

 

Após ser preso, na delegacia, o "Maníaco da Torre" confessou os crimes. Ele contou à polícia que, depois de matar, cruzava as mãos das vítimas em cima do corpo e rezava pedindo perdão. Disse que matou porque tinha ódio de prostitutas.

 

Além de ser acusado por mais cinco assassinatos, além desse pelo qual foi condenado, o "Maníaco da Torre" responde também por ocultação de cadáveres. Porém, a polícia acredita que ele pode ter matado 13 mulheres.

 

Conforme o MP-PR, ainda não há data para que os outros julgamentos ocorram.