Em um comparativo com o ano de 2019, o volume de drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul mais que dobrou
Mato Grosso do Sul é um Estado seguro para se viver. É o que mostram os dados divulgados essa semana pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que apontam quedas nos seis principais índices criminais monitorados. O bom desempenho na segurança pública é resultado de investimentos em estrutura e capacitação dos policiais e agentes.
Nos primeiros 6 meses de 2021 houve queda, em todo o Estado, nos homicídios (-2,8%), roubos (20,2%), roubo seguido de morte (-30%), roubo em via pública (-22,5%), roubo a comércios (-18,9%) e nos furtos de veículos (-17,8%).
Menos feminicídios
Em Campo Grande houve queda expressiva em 8 índices criminais. A maior queda, de -85,7%, foi registrada nos feminicídios, com o registro de 1 caso de janeiro a junho deste ano, contra 7 do mesmo período do ano passado.
Para a titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), delegada Fernanda Félix, em 2020, início da Pandemia de Coronavírus, uma série de situações contribuíram para a subnotificação e aumento de crimes graves contra as mulheres, incluindo o feminicídio. “O aumento do desemprego com a crise econômica, o fechamento das escolas e o acesso a outras vivências são algumas das questões que impactam a dinâmica de vida das mulheres na pandemia e acabam por afastá-las das redes de proteção”, afirma.
Mas, segundo a titular da Deam, em 2021 o cenário mudou. Ela acredita que o cotidiano das mulheres tende a se restabelecer e a notificação de crimes menos violentos na escalada da violência doméstica tem evitado que 2021 repita a pandemia de letalidade das mulheres, como aconteceu em MS em 2020. “Acreditamos que o encorajamento das mulheres em não permitir evolução criminosa, está salvando vidas”, diz Felix.
Quedas também na Capital
Na Capital caíram também os roubos (-22,5%), os roubos seguidos de morte (-50%), roubos a comércios (-23,5%), roubos em vias urbanas (-23,4%), homicídios culposos no trânsito (-18,5%) e os homicídios dolosos (-11,7%).
Para o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, a queda dos índices criminais é resultado dos investimentos, da integração e inteligência. “A integração das forças de segurança, a estruturação da inteligência, permitem ações mais efetivas das nossas polícias. Aliado a isso temos os investimentos estaduais e federais, em novas viaturas, melhores armamentos, softwares, capacitação, contratação de mais efetivos para as polícias, que contribuem para esses resultados que estamos vendo”, pontua.
Recorde de apreensões de drogas
Enquanto os índices criminais caíram, em todo o estado aumentaram as apreensões de drogas. De 1º de janeiro a 13 de julho, sozinhas, as forças de segurança estaduais apreenderam mais de 422 toneladas de drogas em Mato Grosso do Sul. Quase 100 toneladas a mais que o mesmo período do ano passado, quando foram tiradas de circulação pouco mais de 324 toneladas de entorpecentes.
Em um comparativo com o ano de 2019, o volume de drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul mais que dobrou. Naquele ano, as polícias de Mato Grosso do Sul apreenderam um total de 199,8 toneladas de drogas.
Do total de drogas apreendidas neste ano, 408,8 toneladas foram interceptadas no interior do Estado, principalmente na região de fronteira. “Estamos empenhados no combate ao tráfico e isso reflete não só para o Estado, mas para o país, uma vez que impedimos que drogas cheguem aos grandes centros brasileiros, provocando impactos na segurança pública e nas famílias”, afirma o comandante da Polícia Militar Rodoviária Estadual, coronel Wilmar Fernandes, responsável pela maior apreensão de drogas da história do Brasil, 36,5 toneladas, realizada na semana passada.
GovMS