Policial

Carros de luxo são apreendidos pela Polícia Federal e Receita na Capital

Alvos usavam ‘laranjas’ em empresas fictícias para a sonegação de impostos de produtos importados que eram vendidos mais baratos no Brasil.


A investigação iniciou-se em 21 de novembro de 2019

A Operação Hapócrates deflagrada na manhã desta quarta-feira (26), em Campo Grande pela Polícia Federal apreendeu de produtos eletrônicos a carrões de luxo de empresários que usavam empresas fictícias para a entrada no Brasil de produtos, com sonegação de impostos. Foram 15 mandados cumpridos.

Foram apreendidos um veículo Honda Civic avaliado pela tabela Fip em R$ 40 mil, um Ford Ka com avaliação em torno de R$ 40 mil. Também foram apreendidos uma Land Rover Evoque ano 2013, avaliada em cerca de R$ 160 mil e um Porsche 718 Boxster avaliado pela tabela Fip em torno de R$ 400 mil.

Além dos carros foram apreendidos com um guincho da Polícia Federal na loja, que fica em um hotel na Avenida Afonso Pena e abastece até mesmo sertanejos famosos de todo o Brasil, itens como aparelhos eletrônicos, celulares, fones, tablets. Na internet, a loja oferece como destaque celulares lançamento da Apple.

Esta é a segunda fase da Operação Harpócrates, deflagrada em 2017. Um empresário que vende produtos importados e de luxo foi preso na sua casa no bairro Jóquei Club, em Campo Grande nesta manhã. A Land Rover do empresário foi apreendida, assim como, vários documentos e computadores.

Foram cumpridos 1 mandado de prisão e 14 de busca e apreensão. Os agentes também foram até um condomínio, no bairro Morumbi. Durante as investigações, identificou-se a continuidade na comercialização de produtos eletrônicos estrangeiros, sem o devido registro de importação.

Foi apurado que empresas fictícias eram usadas, assim como, ‘laranjas’ para dar a aparência de legalidade ao comércio. Os pagamentos aos fornecedores, no Paraguai, eram feitos através de doleiros. Além dos mandados foram sequestrados dois imóveis, três veículos e contas bancárias de quatro investigados.

A logística

Lojistas de Campo Grande usavam doleiros para enviar dinheiro para fornecedores de mercadorias no Paraguai; em seguida, promoviam a entrada dos produtos eletrônicos no Brasil, sem fazer o pagamento do imposto. Eles usavam empresas de fachada para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias; e por fim, os equipamentos eram revendidos no mercado nacional.

A investigação iniciou-se em 21 de novembro de 2019 e durante o seu curso foram realizadas apreensões de mercadorias descaminhadas bem como investigada a situação patrimonial dos envolvidos.

 

 

MM