A patrulha é integrada por 14 funcionários da Agesul, alguns servidores ainda do quadro do extinto Dersul
Patrulhas mecanizadas da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos) estão abrindo novos caminhos no meio rural para garantir o escoamento de grãos com a expansão agrícola, além de melhorias das estradas com serviços de manutenção permanente de patrolamento e cascalhamento.
Formadas pelos funcionários da agência, uma dessas patrulhas opera no Sudoeste do Estado, sob jurisdição das regionais de Jardim e Bela Vista, dando suporte às prefeituras com trabalhos desenvolvidos nas estradas vicinais, onde nem sempre os municípios conseguem atender por falta de recursos ou estrutura.
Atualmente, a equipe das regionais do Sudoeste está abrindo uma estrada vicinal, que era uma bitola, na região conhecida por Laudejá (nome de antiga fazenda e de um córrego na região), distante 46 km de Bonito e já dentro do município de Porto Murtinho, borda do Pantanal do Nabileque.
“Somos uma família”
A patrulha é integrada por 14 funcionários da Agesul, alguns servidores ainda do quadro do extinto Dersul (Departamento de Estradas de Mato Grosso do Sul), como Alberto Figueiredo, o Abel, 62 anos, hoje operador de motoniveladora. Ele se aposentou, mas decidiu voltar a trabalhar e está completando 41 anos na função.
“A Agesul faz parte de minha família, pois a gente ficava mais tempo nas estradas, antigamente atendia toda a malha da região, de Nioaque a Maracaju e Porto Murtinho. Eram meses fora de casa. Eu decidi voltar a trabalhar porque temos um governo que dá todo apoio, voltei por isso”, diz Abel.
Segundo o regional da Agesul em Jardim e Bela Vista, Edmílson Escobar, a equipe de base realiza um trabalho fundamental nos municípios, ajudando os prefeitos a resolver problemas na malha interna, que, basicamente, atende aos produtores rurais e pequenas comunidades, como os assentamentos.
Lavoura em expansão
“É uma equipe briosa”, comenta Edmílson ao acompanhar a patrulha na implantação de novas estradas no Laudejá, onde os acessos cortam grandes lavouras e campos de pecuária. A patrulha conta com cinco caminhões, duas patrolas, duas carregadeiras e um trator de esteira e montou seu acampamento na fazenda Nossa Senhora Aparecida do Rio Branco.
O serviço inclui o cascalhamento do novo trecho, que terá inicialmente uma extensão de 13 quilômetros, levando infraestrutura onde não havia meios de transporte. “Os fazendeiros contam que levavam a boiada a pé por mais de dez quilômetros para embarcar nos caminhões, os quais não conseguiam entrar na região”, lembra o regional da Agesul.
Com a garantia de escoamento da produção, mesmo em trechos de serra, o Laudejá deverá expandir a agricultura a partir da próxima safra com a incorporação de pelo menos 800 hectares que hoje são ocupados pelo boi. As lavouras de soja já dominam os horizontes de uma região de terras férteis.
GovMS