Policial

Secretária pede demissão após 15 dias e, na polícia, alega que médico a assediou

Mulher disse que sentiu náuseas no início da semana e o profissional teria dito que poderia examiná-la.


A delegada plantonista da Deam, Joilce Siqueira Ramos, disse que não repassará detalhes do caso

Uma jovem de 23 anos pediu demissão de um consultório, localizado na avenida Mato Grosso em Campo Grande, alegando que um médico, de 60 anos, a importunou sexualmente. Ela foi até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), acompanhada do marido, dizendo que o crime ocorreu no dia anterior e o suspeito teria dito: "não resisti".

Conforme o boletim de ocorrência, a mulher disse que trabalhou no local por 15 dias e, na última segunda-feira (19) "sentiu náuseas", sendo que o ex-patrão se ofereceu para examiná-la no dia seguinte.

No local, foi feito um ultrassom e o profissional teria avaliado que ela não tinha problemas de vesícula, sendo que o exame também foi feito na região da virilha, para verificar "se poderia ser hérnia", ainda segundo o relato da jovem.

Ao final, a jovem disse que o médico deu a ela um papel para se limpar, mas, também tentou limpá-la, momento em que ela levantou e se afastou, ficando de costas e com as calças um pouco abaixadas. Na ocasião, de acordo com o depoimento, o profissional teria dito que ela "tinha estrias, mas, eram lindas", momento que, apertou e beijou as nádegas dela, falando: "me desculpa, eu não resisti. Você está de parabéns".

Em seguida, a jovem alega que, imediatamente, se desligou da empresa e chamou o marido para conversar com o médico. No primeiro momento, ele teria falado que a mulher havia dado abertura". No entanto, após um tempo, tanto na presença do esposo dela como outra secretário, o médico teria assumido o erro e pedido desculpas.

Ainda conforme a mulher, o médico inclusive pediu a ela para continuar trabalhando na empresa, porém, ela recusou o pedido. Já na Deam, a vítima foi atendida pelo setor psicossocial e o caso foi registrado como importunação sexual.

A delegada plantonista da Deam, Joilce Siqueira Ramos, disse que não repassará detalhes do caso. Nesta quinta-feira (22), conforme a polícia, o inquérito será instaurado e testemunhas devem ser acionadas para depoimento.

A pena para o crime de importunação sexual varia de 1 a 5 anos de reclusão.

 

 

 

G1

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