Mato Grosso do Sul passa a ter um Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (GRETAP-MS), que fica responsável coordenar as ações de resgate e atendimento aos animais silvestres vítimas de desastres ambientais no Estado. Vinculado a Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, o decreto que institui o grupo foi publicado nesta sexta-feira (16).
A criação do GRETAP-MS se fez necessária em 2020, em meio às ações emergenciais de socorro a animais vítimas dos incêndios florestais ocorridos no Pantanal e unidades de conservação de Mato Grosso do Sul. O grupo fica responsável pelos protocolos técnicos de atendimento e coordenação de todas as ações de resgate realizadas.
“O grupo reuniu a expertise de profissionais voluntários de várias instituições do nosso Estado e desempenhou um papel fundamental no resgate e atendimento aos animais silvestres feridos nos incêndios. Agora, com a sua oficialização, a Semagro e o Imasul ganham um suporte fundamental nesse trabalho de socorro à fauna em situações de emergência”, comenta o secretário Jaime Verruck, da Semagro.
Secretário-adjunto da Semagro, Ricardo Senna explica que durante os incêndios em 2020 muitos voluntários tentaram ajudar, mas não tinham conhecimento de como se comportar diante de situações de risco em uma mata. “As instituições que formam o GRETAP orientaram os voluntários sobre uma série de procedimentos com a adoção de protocolos internacionais para esse tipo de situação”, informa Ricardo.
Além disso, Ricardo Senna destaca que a institucionalização deste grupo representa um passo importante na conservação da biodiversidade. “O GRETAP vai ajudar o Governo do Estado a trabalhar políticas públicas mais eficazes na preservação da fauna e flora”. Ao todo 10 instituições fazem parte do GRETAP-MS: a Semagro, Imasul, CRMV-MS, UCDB, Ibama, Instituto Tamanduá, Instituto do Homem Pantaneiro – IHP, Fundação Municipal do Meio Ambiente de Corumbá, UFMS e PMA.
Bióloga e Médica Veterinária, Paula Helena Santa Rita coordenou o grupo em 2020 e ressalta que a formalização demonstra a preocupação e seriedade que o Estado trata a fauna local em todos os seus níveis. “O Estado foi o primeiro a oficializar um grupo de Resgate Técnico Animal no país. E hoje mantemos as atividades nas áreas afetadas, mesmo pós fogo, com operações de assistencialismo, monitoramento e ações de preventivas incluindo a participação das populações locais”.
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