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Inicia novo toque de recolher com fechamento de bares e dispersão de pessoas na Capital

O Governo do Estado começou com abordagem e fechamento de bares, assim como dispersão de pessoas que estavam as ruas fora do horário permitido.


Aos sábados e domingos, os serviços que não são classificados como de natureza essencial terão regime especial

Operações da Polícia Militar para conter desobediência ao novo toque de recolher - instituído pelo Governo do Estado  - começou com abordagem e fechamento de bares, assim como dispersão de pessoas que estavam as ruas fora do horário permitido, que a partir do domingo (14), segue das 20h até às 5 da manhã, durante o período de 14 dias.

Uma frente de fiscalização saiu do Comando da Polícia Militar em Campo Grande, com 14 viaturas da segurança pública, sendo 13 da Polícia Militar, incluindo duas do Batalhão de Choque e mais um do Corpo de Bombeiros.  Com efetivo de 50 homens, o grupo percorreu três regiões da cidade, seguindo primeiro pelo Imbirussu, depois a região da Lagoa e por fim a área central.

No comando, o Capitão Fernando da Costa Neves explicou que o objetivo desta ação era fazer a dispersão de pessoas que estavam fora do horário permitido e fechamento de estabelecimentos que não são essenciais. “A nossa intenção neste primeiro momento é orientação, caso nas próximas abordagens também haja descumprimento das regras, então haverá as punições cabíveis”, explicou ele.

O grupo saiu para as ruas em comboio a partir da 20h, seguindo pela Avenida Mato Grosso, depois Vila Planalto, chegando a Orla Morena, onde houve a primeira abordagem de sete jovens estavam no local. Após revista, eles foram informados sobre as regras e novo horário do toque de recolher e liberados.

No mesmo local, a Guarda Municipal e agentes de trânsito do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito) faziam uma blitz, abordando os veículos e também realizando o teste do bafômetro. O grupo de policiais depois seguiu pela Avenida Júlio de Castilho até chegar ao bairro do Zé Pereira. No local foi feita uma ocorrência em um bar que estava aberto, com 12 pessoas no recinto.

Além da revista e fechamento do estabelecimento, também foi verificado se o local tinha o certificado de funcionamento do Corpo de Bombeiros. “Toda empresa precisa dispor deste documento, caso o dono não disponha ele pode ser notificado, receber infração ou até chegar a cassação e interdição do local”, explicou a cabo Graziella Tabosa. Ela ressaltou que no caso deste bar, o dono terá que ir até a corporação emitir o documento necessário.

Orientação

Seguindo para o Jardim Aeroporto, os policiais abordaram 10 jovens, entre eles vários adolescentes que estavam nas ruas, em um grupo fazendo aglomeração. Todos foram revistados e orientados sobre as regras e horários do toque de recolher. O grupo se dispersou e cada jovem seguiu para sua residência.

A operação seguiu ainda na região do Imbirussu pelos bairros Taveirópolis, Tijuca, Coophavilla II, sendo que ao longo do caminho, a maioria dos locais estava fechado, e pequenos grupos que permaneciam nas ruas eram orientados a seguir para suas residências. O comboio ainda percorreu a região do Lagoa e área central da cidade, com foco na dispersão de pessoas e orientação neste primeiro dia de toque de recolher.

As ações de fiscalização vão seguir ao longo da semana em várias frentes, como blitz no trânsito, averiguação da mobilidade das pessoas, funcionamento de estabelecimento em horários irregulares e eventuais festas clandestinas e aglomerações.

As novas regras estabelecidas em decreto estadual pelo governador Reinaldo Azambuja visam reduzir os casos e mortes em decorrência da Covid-19, assim como diminuir a ocupação de leitos nos hospitais do Estado, que já estão no limite em função da pandemia do coronavírus.

Efetivo à disposição

O secretário estadual de Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, anunciou que todo efetivo estará à disposição para cumprimento do decreto e do toque de recolher. Nestas ações estarão a Policia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, para dar o devido apoio aos guardas municipais e vigilância sanitária.

“Todo efetivo da segurança pública estará atuando, em apoio irrestrito a Secretaria Estadual de Saúde, as secretarias municipais, junto com a guardas municipais naquelas localidades, também apoiando as vigilâncias sanitárias. Não só para garantir a fiscalização e cumprimento do decreto, assim como orientando a população”, afirmou o secretário.

Ele avisou que aqueles que mesmo após orientações, continuarem não cumprindo as novas regras, serão punidos com sanções penais e administrativas. “O objetivo é preservar vidas. Por isto nós vamos fiscalizar o trânsito, atividades e ações que podem gerar ocupação de leitos de UTI e se for necessário teremos que aplicar sanções naqueles que não obedecerem ao decreto e as leis vigentes”.

O secretário revelou que se for necessário vai utilizar a tropa de choque. “Já empregamos em algumas localidades, que realizaram eventos com milhares de pessoas. Nós usaremos a tropa de choque ou qualquer tropa especializada na dispersão de aglomerações”.

Toque de recolher

O novo toque de recolher começou neste domingo (14) e segue até o dia 27 de março, em um período de 14 dias previsto no decreto estadual. Durante este período ele inicia às 20h e segue até às 5 da manhã. Neste horário só podem funcionar os serviços de saúde, transporte, alimentação por meio de delivery, farmácias e drogarias, funerárias, postos de gasolina e indústrias, assim como aqueles considerados essenciais.

Aos sábados e domingos, os serviços que não são classificados como de natureza essencial terão regime especial de funcionamento. Só poderão abrir e atender o público entre 5 e 16 horas. Os estabelecimentos devem funcionar no máximo com 50% de sua capacidade, seguindo ainda outras medidas de biossegurança, como distanciamento social, de um metro e meio entre as pessoas.

 

 

 

 

 

 

 

 

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