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PF cumpre mandados em investigação sobre tráfico de drogas em aviões da FAB

Em 2019, sargento brasileiro foi preso com cocaína em voo da corporação, na Espanha.


Em relação à lavagem de dinheiro, as investigações apontam "diversas estratégias do grupo criminoso"

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (2), a operação Quinta Coluna, para investigar uma associação criminosa que usou aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para traficar drogas para a Espanha. As investigações também apuram um esquema de lavagem de dinheiro.

Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e dois mandados que restringem a comunicação dos investigados. Os alvos também foram impedidos de deixar o Distrito Federal, por determinação judicial.

Até a publicação desta reportagem, a PF não havia divulgado a identidade dos envolvidos.

A Justiça Federal de Brasília ainda determinou o sequestro de imóveis e de veículos dos suspeitos de integrar o esquema criminoso. Militares da FAB também participam do cumprimento das medidas. A reportagem tenta contato com a corporação.

Segundo a PF, as investigações demonstram que, além do sargento brasileiro Manoel Silva Rodrigues, flagrado com 37 kg de cocaína em um avião da comitiva presidencial, na cidade de Sevilha, na Espanha, outros suspeitos se associaram ao militar, "de forma estável e permanente, para a prática do crime de tráfico ilícito de drogas".

O G1 tenta confirmar se Manoel Silva Rodrigues, detido na Espanha, é alvo da operação nesta terça-feira. O militar cumpre pena no país europeu e, em setembro do ano passado, a Justiça espanhola negou o pedido de transferência do sargento para o Brasil.

Em relação à lavagem de dinheiro, as investigações apontam "diversas estratégias do grupo criminoso" para ocultar os bens obtidos por meio do tráfico de drogas, "especialmente a aquisição de veículos e imóveis com pagamentos de altos valores em espécie", disse a PF.

As penas previstas para os crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro vão de 3 a 10 anos de prisão.

 

 

 

 

G1