O técnico Rogério Ceni comentou a segunda derrota seguida do Flamengo - 2 a 0 para o Ceará (gols de Vina e Kelvyn) - como mandante, no Maracanã. Em entrevista coletiva que começou mais de uma hora depois da partida, o treinador teve dificuldade de explicar mais um insucesso.
A derrota deixou o Flamengo com 49 pontos - ainda a sete do São Paulo, que perdeu novamente na rodada. O Santos venceu o clássico paulista por 1 a 0, no Morumbi.
- Não consigo explicar de forma mais clara (porque não aproveitou oportunidades de chegar no São Paulo). Lamento. Vim aqui para ser campeão, quando me convidaram para vir. A gente está deixando passar as oportunidades. É culpa nossa, é culpa minha, nossa dentro de campo - disse Ceni.
O técnico fez discurso sincero ao ser questionado sobre garantias da direção em seguir o trabalho mesmo com resultados ruins no comando do Flamengo.
- No futebol não existe garantia. É a única garantia que eu te dou. Você precisa conquistar a garantia com resultados. Os resultados são ruins perto do que esse grupo pode. A diretoria tem direito de tomar qualquer decisão. O desempenho como comportamento diário é bom, mas como resultado deixa a desejar - admitiu.
O treinador procurou explicação na ausência do torcedor para a fraca campanha dentro de casa.
- Fazemos por merecer em alguns momentos, mas não estamos sendo efetivos. Principalmente pela ausência do torcedor; Aqueles 50, 60 mil de média por jogo são combustÃvel importante. Só posso acreditar que seja isso. De resto tem sido feito de tudo. Eles têm se dedicado muito nos treinos, tem intensidade muito alta. A campanha dentro de casa posso avaliar que a voz do torcedor faz a diferença. Não tenho outra explicação para te dar - completou o treinador do Flamengo.
Ceni também explicou as mudanças na equipe. Cesar entrou na vaga de Hugo Souza. Gustavo Henrique no lugar de Natan e Pedro na vaga de Gabigol.
- O Pedro foi contratado, é um grande jogador, vinha sendo titular. Minha equipe começa com Gabriel e Bruno Henrique, mas pelo que oferecia o jogo, eles têm uma defesa alta, jogadores que defendem bem. O Gustavo Henrique é melhor no jogo aéreo, o Pedro é uma referência. Contra o Fluminense, Bruno Henrique e Gabriel estavam distantes. Hoje optamos por essa formação. Pedro foi contratado por valor expressivo, tem qualidade para ser titular. O que não diminui a importância do Gabriel para o time. Mas não treinamos para escalar os dois juntos e achei que eles juntos por 60 ou 90 minutos seria risco muito grande - disse Ceni.
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