Há exatos 68 dias, na véspera de Ano Novo, a capela de Nossa Senhora Aparecida localizada em plena Estrada Parque, entre Camisão e Piraputanga, foi incendiada pela primeira vez. Sem segurança, o crime voltou a acontecer na madrugada desta segunda-feira (11), mas desta vez tentaram queimar o manto da imagem. O devoto e idealizador do projeto, Wilson Ferreira acredita que os ataques sejam pessoais.
No primeiro ataque, no dia 31 de dezembro de 2018 foi comprovado o ato criminoso. O autor do incêndio, que não foi identificado, usou combustÃvel para inflamar as chamas na capela que protegia a imagem da santa.
Wilson é morador de Aquidauana e foi avisado no inÃcio da manhã sobre o segundo atentado. “Desta vez colocaram fogo no manto, mas o tecido comprado na BolÃvia não deixou o fogo se alastrar, queimou um palmo acima', disse.
Sem entender as causas, Ferreira acredita que seja uma represália pessoal, pois todos na região sabem que é devoto. “Desde a construção foram colocados quatro azulejos com as inscrições de quando foi construÃdo, com meu nome e de amigos. Quebraram só o azulejo com meu nome da parede. Também havia uma foto minha e da minha filha que ganhamos para colocar no santuário que foi destruÃda', disse.
O santuário foi construÃdo com recursos próprios, mas para reforçar a segurança, Wilson ganhou um projeto para transformar o espaço numa área semelhante ao de Aparecida, em São Paulo. A reforma deve custar R$ 30 mil.
“Quando aconteceu a primeira vez mostrei as imagens até para o governador Reinaldo Azambuja. Já pedi ajuda e também pedi para o prefeito de Aquidauana. Se eu não conseguir ajuda eu vou construir sozinho. Vai ficar tipo um arco-Ãris igual ao de Aparecida', disse.