O prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), anunciou nesta terça-feira (7) que o toque de recolher começará a partir das 20 horas, não mais às 23 horas, de quarta-feira (8) até 19 de julho – nesta manhã, o secretário de Saúde de Mato Grosso do Sul, Geraldo Resende, recomendou aos 79 municípios a antecipação da restrição. Academias, restaurantes, comércios em geral, terão de o limite de lotação diminuído para 40% da capacidade – até então, era 60%.
Segundo o chefe do Executivo municipal, a medida – que ainda será decretada oficialmente em edição extra do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande) – foi decidida diante do aumento expressivo de casos e ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais. Hoje, somente 28% está liberado e o prefeito lembra que, além de pacientes com Covid, a demanda inclui vítimas de acidente de trânsito, infartos, entre outras situações que podem levar pessoas à internação.
Ainda, conforme o prefeito, a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta três níveis de atenção em relação ao uso de leitos, sendo ‘laranja’ a que demanda ‘alert’ e a faixa que Campo Grande ocuparia, segundo Marquinhos. “Detectou-se que a vida noturna é um dos fatores deste aumento imediato”.
A Capital tem, segundo dados divulgados pelo prefeito, 223 leitos de UTI, somando os de hospitais públicos e privados, dos quais, 161 hoje são usados. “Temos 28% dos leitos vazios, tomara que assim continue”, disse ao justificar a decisão tomada pela equipe técnica formada para decisão de ações em relação ao coronavírus.
Diariamente, a Guarda Civil divulga dados que mostram o desrespeito no cumprimento por parte de pessoas e comércios. Marquinhos Trad afirmou que, ao menos 7 pessoas nas últimas semanas sofreram acidentes após às 23 horas e foram levadas às unidades hospitalares, expondo que, além da ocupação de leitos, não houve respeito ao toque de recolher.
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