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Técnicos da Argentina começaram nesse fim de semana o controle da nuvem de gafanhotos que está passando pelo paÃs e que se aproxima do Brasil e do Uruguai.
No sábado (27), equipes do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agro-Alimentar (Senasa) avaliaram os resultados da pulverização de inseticidas realizadas na tarde do dia anterior, a avaliação é que essa medida reduziu em 15% a quantidade de insetos, segundo a Confederação Rural da Argentina (CRA).
No domingo (28), foram realizadas aplicações em terra de defensivos agrÃcolas contra a nuvem, o que deve diminuir ainda mais a concentração dos insetos.
Segundo o último boletim do Senasa, a nuvem está localizada a 55 km na cidade de Curuzú Cuatiá, dentro da provÃncia de Corriente, e a pouco mais de 100 km do Brasil e do Uruguai.
No inÃcio desta semana, técnicos continuam monitorando o deslocamento da nuvem de gafanhotos.Â
Brasil monitoraÂ
Segundo o Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal (Cosave), uma reunião para analisar a situação foi realizada no fim da última semana com participação de Brasil, Argentina, BolÃvia, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai.
O Ministério da Agricultura brasileiro afirmou que o monitoramento feito pelo governo indica que "até o momento, estão mantidas as previsões sobre a rota da nuvem de gafanhotos, que não entrou em território brasileiro".
"De acordo com os dados meteorológicos para a Região Sul do Brasil, previstos para os próximos dias, é pouco provável - até o presente momento - que a nuvem avance em território nacional. Caso isso ocorra, será feito um monitoramento interno para o acompanhamento da evolução do evento."Â
Praga pouco conhecidaÂ
Segundo um relatório do Ministério da Agricultura da Argentina, a espécie de gafanhoto que avança na América do Sul, chamada Schistocerca cancellata, causou danos severos à produção do paÃs nos anos 1960 e é considerada uma "praga pouco conhecida".
Novos ataques do inseto voltaram a ser relatados no paÃs vizinho somente em 2015 e se repetiram em 2017 e 2019. Os argentinos afirmam que o inseto não traz nenhum risco aos humanos nem é vetor de doenças.
No Brasil, de acordo o Ministério da Agricultura, esses gafanhotos estão no paÃs desde o século 19 e causaram grandes perdas à s lavouras de arroz na região Sul nas décadas de 1930 e 1940. Mas as nuvens não se formam desde então.
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