O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender nesta terça-feira, 16, um programa de privatizações de empresas estatais que abra espaço para que o governo possa investir mais na Educação básica e na Saúde. “Ainda temos estatais demais e dinheiro de menos para educação. Temos que investir na educação dos mais jovens, daí a ideia de vouchers para crianças ficarem em creches e transferência para ensino básico”, afirmou, em videoconferência organizada pelo Instituto de Garantias Penais (IGP).
Guedes repetiu que as privatizações abrirão espaço para investimentos privados na economia. “A população não vota querendo chapa de aço produzida pelo Estado, mas sim chapa de aço barata. Durante muito tempo tivemos juros muito altos, para segurar a inflação com muito gasto do Estado. Era o paraíso dos rentistas e inferno dos empreendedores”, reafirmou.
Reajustes na pandemia
O ministro da Economia elogiou a construção do projeto de ajuda a Estados e municípios feita pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os governos regionais pleiteavam a recomposição completa das perdas de receitas durante a pandemia, mas o projeto final aprovado pelos senadores colocou um valor fixo de R$ 60 bilhões, como queria a equipe econômica.
O texto aprovado também teve como contrapartida a proibição de novos reajustes para os servidores públicos até o fim de 2021.
“O pedido para União cobrir todas as perdas dos entes era irresponsável e inconsequente. Mas Alcolumbre fez uma bela construção e colocou a ajuda aos Estados e municípios com valor fixo e contrapartidas. Conceder reajustes em meio à pandemia seria dar um sinal contrário à responsabilidade fiscal. Medalhas se distribuem depois da guerra, e não durante”, afirmou Guedes.