Policial

Durante busca em casa de mulher desaparecida há 45 dias, polícia encontra vestígios de sangue

Graziela Pinheiro está desaparecida desde o último dia 5 de abril


Foto: Reprodução

A Polícia Civil encontrou vários vestígios de sangue na casa de Graziela Pinheiro Rubiano, 36 anos, desaparecida desde o último dia 5 de abril em Campo Grande. Policiais da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), o delegado Carlos Delano e a perícia foram à casa no Bairro Jóquei Clube na noite desta quarta.

Durante a manhã também desta quarta, a polícia fez buscas na residência. O marido de Graziela, Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos, preso desde o dia 19 de abril, já teria mudado a versão três vezes para o desaparecimento da esposa, que teve seu sumiço denunciado pelas amigas, que registraram um boletim de ocorrência. Ele teve a prisão temporária prorrogada.

Com a utilização de luminol, os policiais encontraram locais onde havia sangue e que foram lavados. No quarto do casal, de acordo com a polícia, há vestígio de uma poça de sangue de 1,5 metro de comprimento por 2,5 metros de largura.

Em uma dispensa, ao lado do quarto, foi encontrado marca de sangue na forma de uma pegada humana. No tanque, pia da casa, em uma toalha e em uma escova de dente também havia vestígios de sangue.

 

Com as amostras recolhidas no local, de acordo com a polícia, será possível saber se realmente trata-se de sangue humano. Em caso de sangue humano, será confrontado o DNA recolhido com o de familiares de Graziela. Os exames ficarão prontos em 10 dias.

“Havia outras manchas que sugerem que algo com grande volume de sangue foi lavado junto a uma pia e a um tanque. Se essa grande quantidade de sangue for determinada que é da Graziela Rubiano, nós então temos uma cena de crime que evidencia a ocorrência de um feminicídio que deve ser imputado ao suspeito”, diz o delegado Carlos Delano.

Entenda o caso

Rômulo contou que no dia do desaparecimento, teria ido com a esposa até o Balneário Atlântico, onde o casal tem um loteamento e está construindo. Nesse dia, Graziela teria pulado em um lago – segundo o marido -, o que posteriormente gerou uma briga entre o casal, pois Rômulo teria levado uma bronca do porteiro.

O marido ainda revela que após a briga, Graziela saiu rumo ao lago e não retornou mais. Ele relata que ficou na cozinha terminando a construção e como ela não retornou, foi embora para casa. No dia seguinte, como trabalham na mesma empresa, Rômulo levou chave, uniforme e entregou ao chefe dizendo que Graziela não voltaria mais.

Em uma segunda versão, o marido mantém a mesma história do loteamento, mas muda um trecho. Ele afirma que entrou junto no lago e quando saíram, uma mulher homossexual teria aparecido no local e perguntado se Graziela morava alí. O marido responde que sim, então essa mulher passa a xingar Graziela fazendo acusações de que a estudante teria um caso extraconjugal com a companheira dela, também mostra um vídeo para Rômulo, em que a esposa se masturbava.

Segundo Rômulo, o casal brigou após ele questionar sobre o vídeo, sendo que Graziela ficou com vergonha e saiu rumo ao lago. Graziela não levou os pertences pessoais, também deixou carro, moto e o terreno que pertenceria ao casal.