A China, principal economia do mundo e onde se originou a Covid-19, é a responsável por 79% da soja produzida e exportada por Mato Grosso do Sul. Apenas no primeiro quadrimestre de 2020 foram enviadas 1,212 milhão de toneladas ao país, aumento de 20% no volume em relação ao mesmo período de 2019.
Os dados são do levantamento feito pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) com base nos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços).
Para se ter a dimensão da participação da China na compra da soja, o segundo principal destino das exportações estaduais de soja é a Argentina, com 8,7% nos primeiros quatro meses de 2020 – 142,8 mil toneladas negociadas. O Paquistão aparece em terceiro, com participação de apenas 4,1%.
Mato Grosso do Sul é atualmente o sexto Estado do país que mais exporta soja. Com 1,544 milhões de toneladas comercializadas entre janeiro e abril de 2020, o Estado representa 4,56% do total de soja comercializada ao exterior pelo Brasil. O vizinho Mato Grosso ocupa a primeira posição, com exportação de 10 milhões de toneladas no primeiro quadrimestre e participação de 30%.
A produção de soja em Mato Grosso do Sul aumentou 42,9% nos últimos cinco anos, alcançando 10 milhões de toneladas em 2020. Porém, com o aumento da industrialização o percentual da produção exportado caiu de 48,3% em 2015 para 38,8% em 2019.
O titular da Semagro, Jaime Verruck, explica que apesar da diversificação da matriz econômica estadual, a soja continua como um dos principais produtos da economia sul-mato-grossense. “A agricultura tem papel fundamental na nossa matriz econômica, mas com o avanço do processo de industrialização conseguimos agregar valor ao nosso produto e exportar menos soja in natura e mais derivados”.