Está marcado para o próximo dia 11 de abril, o julgamento do policial rodoviário federal Ricardo Hyn Su Moon, acusado de ter matado a tiros o empresário Adriano Correia Nascimento, durante desentendimento no trânsito no dia 31 de dezembro de 2016.
O juiz titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, Carlos Alberto Garcete de Almeida, determinou que o policial fosse a julgamento por homicÃdio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vÃtima.
As mesmas qualificadoras foram apontadas para a tentativa de homicÃdio contra Agnaldo Espinosa da Silva e seu filho, 17, dois ocupantes da caminhonete conduzida pelo comerciante.Â
A sessão de julgamento está prevista para começar às 8 horas na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum de Campo Grande.
O caso - Consta dos autos do processo que por volta das 5h40, daquele dia 31 de dezembro Ricardo se deslocava para o trabalho no municÃpio de Corumbá, conduzindo o veÃculo Pajero TR4, enquanto a vÃtima dirigia a camionete Toyota Hilux, acompanhada das vÃtimas.
Conforme a denúncia, ao fazer conversão à direita, Adriano não percebeu a proximidade com o veÃculo do acusado e quase provocou um acidente de trânsito. Após uma suposta briga de trânsito, ele fez pelo menos sete tiros contra a Hilux branca do empresário.
Adriano, dono de dois restaurantes japoneses na cidade, foi atingido três vezes, duas no peito e uma no pescoço. Morreu na hora, perdeu o controle do veÃculo e bateu em um poste. O policial ficou no local do crime e chegou até a discutir com uma das vÃtimas, mas não foi preso na ocasião, mesmo havendo policiais militares no local.
Em seguida, ele acabou sendo indiciado em flagrante ao comparecer na delegacia com um advogado e representante da PRF. Em seu depoimento, Moon disse que agiu em legÃtima defesa e apesar do indiciamento da PolÃcia Civil, ele responde o processo em liberdade.
O crime no trânsito também se desdobrou em várias polêmicas, como o horário de fato em que o policial foi preso, como chegou à delegacia totalmente fardado, se no local do crime usava camiseta listrada. Por fim, dois maçaricos, semelhantes a revólver, foram encontrados na caminhonete, que estava apreendida, após duas perÃcias não ter avistado os objetos.