Dois helicópteros – um do Exército e o outro da Polícia Militar de São Paulo – vão auxiliar no combate às queimadas em Mato Grosso do Sul, anunciou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O anúncio foi feito após o pedido autorizado pelo governador paulista João Dória e pelo comandante do CMO (Comando Militar do Oeste), general Lourival Carvalho.
O governador expôs a gravidade da situação das queimadas no Estado, onde a maior dificuldade nesse momento, mesmo com a força-tarefa apoiada pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, é o acesso restrito dos brigadistas aos pontos de fogo na região do Pantanal.
“O governo está atento a esse problema das queimadas, decretou a situação de emergência e agora procuramos ser ágeis, como tem sido a nossa operação em campo, para solucionar a questão do deslocamento dos brigadistas”, disse Azambuja.
Em Aquidauana
O helicóptero do Bavex (Batalhão de Aviação do Exército), um Pantera, com capacidade para transportar seis pessoas, chegou às 8h deste domingo (22) em Aquidauana, onde o Corpo de Bombeiros do Estado montou uma Sala de Situação do Sistema de Comando de Incidentes para operar a força-tarefa, que conta hoje com mais de 170 homens -militares e civis – e um avião de combate a incêndios na linha de frente dos focos de calor.
A aeronave da PM de São Paulo, um Esquilo, para transporte de três pessoas, também se deslocará neste domingo para Campo Grande e, em seguida, para Aquidauana, com chegada prevista para o meio-dia. O coronel bombeiro Huesley Paulo Silva, comandante do SCI de Aquidauana, informou que o plano operacional das duas aeronaves ainda está sendo definido.
“Nossas prioridades de combate, hoje, após sobrevoo no Pantanal para reconhecimento dos focos, no sábado, são as fazendas Caiman, São Roque e Bodoquena e o Parque Estadual do Rio Negro. As aeronaves deverão ter deslocamentos simultâneos para estas áreas”, explicou.
Para o comandante-geral do Corpo de Bombeiros de MS, coronel Joílson Amaral, o emprego dos helicópteros dará não apenas maior agilidade no deslocamento dos brigadistas, como um poder de fogo mais eficiente no combate direto ao fogo para extinção dos focos.
Difícil acesso
Ao final de um dia de intensos combates às queimadas na Fazenda Caiman, neste sábado (21), o coronel Domingos Márcio Ferreira da Silva, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, falou das dificuldades de acesso dos brigadistas e da necessidade do apoio de helicópteros para esse deslocamento.
Ele disse que os incêndios são combatíveis, contudo, a vegetação impede a chegada aos focos e os bombeiros, brigadistas do PrevFogo (Ibama) e da Celulose Suzano e voluntários perdem muito tempo abrindo caminhos na mata e cruzando áreas alagadas.
“O combate está se apresentando pouco eficiente nestas áreas inacessíveis, mas com a chegada dos helicópteros vamos ter uma outra dinâmica, a partir do deslocamento rápido da tropa”, disse o coronel, que divide o comando operacional do SCI de Aquidauana com o coronel Huesley.