Política

Deputado Marçal cobra solução para superlotamento na UPA de Dourados

O hospital negou receber o garoto e para conseguir atendimento, a mãe teve de acionar o Samu, que enviou ambulância e prestou os primeiros socorros do lado de fora, para somente depois conseguir dar entrada no setor de ortopedia do hospital.


Marçal Filho sugere melhorias no atendimento à saúde em Dourados/Foto: Luciana Nassar

A procura de pacientes por atendimento na UPA 24 horas de Dourados cresceu na última semana com o fechamento da ala verde no Hospital da Vida. Sem condições de absorver uma grande demanda, a UPA passou a enfrentar superlotamento. Segundo o deputado Marçal Filho (PSDB), a administração municipal precisa melhorar a estrutura da unidade e dispor de mais profissionais.

O assunto foi apresentado em debate por ele durante sessão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul desta terça-feira (10). Ao ocupar a tribuna, o deputado mostrou preocupação sobre a nova determinação da Secretaria Municipal de Saúde, que o Hospital da Vida passará, pode tempo indeterminado, a atender somente casos de trauma, urgência e emergência de média à alta complexidade de forma regulada. Essa restrição seria para reorganização do fluxo no hospital que passa por obras de reforma e ampliação.

Porém, com a suspensão de atendimento na área verde, os casos de baixa à média complexidade passaram a ser transferidos para a UPA, unidade que há muito tempo enfrenta superlotamento e não tem condições de receber fluxo ainda maior de pacientes. Se não bastasse o grande fluxo de atendimento, a UPA vem registrando desfalque na equipe médica, provocando longas horas para atendimento.

A prefeitura tem comunicado que outros cinco postos de saúde (Cachoeirinha, Seleta, Vila Vargas, Maracanã e Parque II) passaram a funcionar até às 22h para dar retaguarda aos atendimentos, no entanto, segundo Marçal Filho, a população tem reclamado que essas unidades têm atendido somente casos agendados com antecipação. “Isso não pode acontecer, pois a pessoa não sabe a hora que vai adoecer”, disse o deputado. “Não adianta ampliar o horário se o atendimento é restrito”, ressaltou.

O deputado citou um caso que chamou a atenção no final de semana, de uma mãe que levou ao Hospital da Vida o filho de 5 anos que sofreu acidente de bicicleta e fraturou o pé. O hospital negou receber o garoto e para conseguir atendimento, a mãe teve de acionar o Samu, que enviou ambulância e prestou os primeiros socorros do lado de fora, para somente depois conseguir dar entrada no setor de ortopedia do hospital.