Autor do atentado – a “facada' – que quase tirou a vida do presidente Jair Bolsonaro (PSL) durante a campanha eleitoral, Adélio Bispo de Oliveira, 41, acredita ser alvo de uma perseguição da maçonaria dentro da Penitenciária Federal de Campo Grande, onde está preso há quase um ano.
O jornal Folha de São Paulo teve acesso a uma carta que Adélio escreveu para famÃlia em maio. Ele escreve que o presÃdio é “satanista' e que há uma conspiração para fazer com que enlouqueça. “Este presÃdio aqui é um lugar de maldições, um presÃdio projetado pela maçonaria onde o satanismo maçom aqui é terrÃvel', disse.
A Folha divulgou, em outra reportagem, que a famÃlia não tem recursos para visitas em Campo Grande e que pretendem buscar ajuda na DPU (Defensoria Pública da União) para tentar falar com Adélio pelo telefone.
Adélio diz à famÃlia que a penitenciária foi construÃda com modelo arquitetônico da maçonaria. É um local, diz o jornal, onde ele acredita correr perigo.
Justiça – Em julho a Justiça Federal de Minas Gerais encerrou o processo contra Adélio, que cometeu o crime durante uma visita de Bolsonaro a Juiz de Fora (MG). Avaliado por psiquiatra, Adélio foi considerado inimputável, ou seja, incapaz de responder por seus atos, por sofrer de problemas mentais.
Nota divulgada pela 3ª Vara da Justiça Federal de Juiz de Fora (MG) explica que a sentença, que considerou o réu Adélio Bispo de Oliveira inimputável e determinou internação por prazo indeterminado, transitou em julgado no dia 12 de julho. Desta forma, não é mais cabÃvel a apresentação de qualquer recurso.
O atentado ocorreu em 6 de setembro de 2018, no centro de Juiz de Fora. A defesa de Adélio afirma que ele agiu sozinho e que o ataque foi apenas “fruto de uma mente atormentada e possivelmente desequilibrada'.