Entretenimento

Enquanto prefeituras cancelam Carnaval, Costa Rica tem Fernando e Sorocaba nesta 2ª feira

Segundo a administração municipal, a intenção é oferecer atrativos para incrementar o turismo do município.


Enquanto prefeituras cancelam Carnaval, Costa Rica tem Fernando e Sorocaba nesta 2ª feira

Com várias prefeituras cancelando as festas de Carnaval, Costa Rica foi na contramão e decidiu investir R$ 150 mil no show de dupla sertaneja famosa para garantir a festa da população. Na noite desta segunda-feira (4), Fernando e Sorocaba se apresentam no Centro de Convenções Ramez Tebet, com entrada franca. Segundo a administração municipal, a intenção é oferecer atrativos para incrementar o turismo do município.

“Queremos agregar valor à natureza, para que as pessoas venham visitar o município e a noite possam curtir o Carnaval”, explicou o prefeito Waldeli dos Santos Rosa. Segundo ele, Costa Rica dobrou o número de turistas nos últimos anos. “Estamos investimos muito forte no turismo porque é uma solução rápida para a gente mudar a economia do município”, explicou.

Para o prefeito, o Carnaval representa uma oportunidade de divulgar o nome da cidade para os cenários nacional e internacional. “Até hoje União e estados não investem em turismo, mas essa pode ser uma alternativa a curto prazo para alavancar a economia do Brasil”, pontua.

Em sua avaliação, municípios do interior têm dificuldade para atrair indústrias se não tiverem matéria-prima a oferecer. Por isso o turismo acaba sendo uma alternativa. E Costa Rica é privilegiada nesse quesito pois já é referência no turismo de aventura, com suas cachoeiras e inúmeras belezas naturais.

“Hoje a cidade está pronta para a festa”, disse o prefeito. A expectativa para o show desta noite, que encerra o calendário de Carnaval do município, é de 10 mil pessoas.

Contas em dia

O custo dos cinco dias de Carnaval em Costa Rica foi de R$ 300 mil, sendo o show da dupla sertaneja R$ 170 mil. Com a venda de camarotes terceirizados, o custo do município caiu para R$ 150 mil. “A gente não tira esse recurso da educação, saúde nem da infraestrutura. Todos os eventos que oferecemos à população são pagos com dinheiro dos juros que as aplicações feitas pela prefeitura rendem”, esclarece o prefeito.

A receita para ter sobra de orçamento num momento em que prefeituras amargam até atrasos de salários é manter as contas públicas em dia, principalmente a folha de pagamento. “Aqui gastamos 32% da receita com o funcionalismo, em muitas outras cidades gastam mais de 50%”, observa. Questionado se a economia não afeta serviços públicos, ele garante que basta exigir expediente integral e produtividade igual à iniciativa privada.