Carlos Alberto Mendonça, 58 anos, acusado de matar a ex-esposa, a pastora Rose Meire Fermino de Andrade Mendonça, 48 anos, na cidade de Aquidauana, distante 143 quilômetros de Campo Grande, também é suspeito de um homicÃdio ocorrido em Várzea Grande (MT), em 1988, quando ele teria assassinado a companheira.
Conforme as informações, o homem teria cometido o crime e fugiu para a cidade de Aquidauana, onde constituiu famÃlia. Contra ele, conforme informações da PolÃcia Civil, já havia mandado de prisão expedido desde o ano de 1995.
Em depoimento, Carlos confirmou os fatos. Ele passou por audiência de custódia após receber alta do hospital e ficará preso.
De acordo com o delegado Jackson Frederico Vale, depois de atirar na vÃtima, que era mais conhecida como pastora Cida, Carlos tentou se matar, mas não contava com a reação do filho, que entrou em luta corporal e conseguiu desarmá-lo, dispensando o revólver. Em seguida, o suspeito fugiu, mas se escondeu no mato próximo da igreja.
“Estava muito escuro e não foi possÃvel localizá-lo naquele momento. Mais tarde, quando ele viu que a polÃcia foi embora, voltou para a igreja e entrou na casa que fica ao lado, que era a casa onde ele morava com a vÃtima, e lá tentou se matar com uma facada no peito', explicou. Porém, o filho novamente flagrou a ação e conseguiu socorrê-lo e levá-lo ao hospital.
Carlos foi preso ao dar entrada na unidade de saúde e acabou confessando o crime. Em sua defesa, informou que desde a separação estava enfrentando problemas financeiros e sofria com ciúmes. “Ele disse em depoimento que na segunda-feira planejou matar a ex-mulher e se matar em seguida. Por isso, como não tinha dinheiro, fez um saque no seu limite bancário [R$ 3 mil] e comprou um revólver calibre 38 com seis munições'.
O objetivo era executar a pastora e depois cometer suicÃdio. Ele chegou pela lateral da igreja e efetuou quatro disparos, dos quais três atingiram a vÃtima no tórax. A mãe dela e o filho, que estavam no culto, presenciaram tudo. Cida não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar no hospital. “O crime de feminicÃdio está materializado. A arma não foi encontrada ainda, mas já temos elementos suficientes e o relato de diversas testemunhas', detalhou o delegado.