Justiça

Justiça Federal condena 'Galã' por crime de organização criminosa

A Justiça levou em conta que Galã se dedica a ações criminosas organizadas pelo menos desde 2005 e, dentro da organização, era responsável por realizar as compras de drogas em grande escala


Chefão do tráfico foi preso no RJ - Crédito: Divulgação

Elton Leonel Rumich da Silva, o Galã, foi condenado pela Justiça Federal em Ponta Porã a 19 anos de prisão mais pagamento de multa de aproximadamente R$ 4 milhões pelo crime de organização criminosa. A Justiça levou em conta que Galã se dedica a ações criminosas organizadas pelo menos desde 2005 e, dentro da organização, era responsável por realizar as compras de drogas em grande escala, administrar os armamentos e os veículos, controlar o pagamento de propina para policiais paraguaios e controlar o pagamento de salários aos membros da organização.

Na decisão, a 2ª Vara Federal de Ponta Porã ressalta que “todo o histórico da vida pregressa do acusado Elton Leonel, trazido didaticamente nas alegações finais do órgão ministerial, é relevante para ficar claro que ele, ao menos desde os 20 anos de idade, vive exclusivamente da prática de crimes, sem prova, é bom também ressaltar, do exercício de qualquer atividade econômica lícita que lhe gerasse renda também lícita”.

Réu por lavagem de dinheiro

Na mesma semana que a Justiça Federal em Ponta Porã condenou Galã por organização criminosa, a JF em Campo Grande recebeu nova denúncia do MPF pelo crime de lavagem de dinheiro mediante ocultação de propriedade e de movimentação de valores provenientes de crimes.

O MPF pede, como efeito da condenação, o perdimento de bens, valores e direitos em montante equivalente a R$ 3,5 milhões. A denúncia destaca que contas bancárias no Paraná e em Mato Grosso do Sul foram abastecidas com dinheiro de proveniência ilícita e movimentadas a mando de Galã, em parceria com doleiros.

Histórico 

Em fevereiro de 2018, Galã foi preso no Rio de Janeiro, onde se encontra detido até hoje. Na casa dele, foram apreendidos aparelhos telefônicos e documentos relacionados a diversas ações criminosas.

Foi com base em informações retiradas dos aparelhos telefônicos e documentos apreendidos na casa do Galã em 2018 que a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul instaurou inquérito policial voltado à apuração de atos de lavagem de dinheiro, já que havia comprovantes de depósitos para empresas localizadas no Estado. Ao ter acesso aos relatórios, o MPF solicitou e a Justiça autorizou a quebra de sigilo dos dados das contas bancárias utilizadas pelo, resultando em provas irrefutáveis da movimentação financeira feita por Galã.