Depredações, sujeira e boca de lobos entupidas: é esse o cenário que fica após uma noite de festa no Carnaval de Rua, realizado na Esplanada Ferroviária, em Campo Grande.
Conhecido historicamente como ‘A Casa do Prefeito’, o prédio da Esplanada foi alvo de depredações e descarte de garrafas de bebidas e copos descartáveis durante a noite de folia.
A destruição do local começou pelo portão, que teve parte da madeira e concreto quebrados. Do lado de dentro, foram descartadas dezenas de garrafas vazias de bebida alcóolica, como vodka e cerveja.
Além disso, muita sujeira foi deixada no chão tanto na Esplanada Ferroviária, local onde o Carnaval foi realizado, como ao redor da folia.
Horrorizado com
o cenário que encontrou, o psicólogo Miguel da Cruz, 33 anos, afirma que a população que foi curtir o Carnaval não teve respeito pelo meio ambiente e, no final, joga a culpa em cima do Poder Público.
“Eu fiquei muito triste com o que encontrei. Passei hoje, às 6h30 na Rua Calógeras, encontrei muito lixo no chão. Percebemos que falta conscientização da maioria das pessoas que foram curtir o Carnaval, tinham muitas lixeiras no local, era só fazer o descarte certo. Quando dá enchente na cidade, só culpamos a prefeitura, mas temos que repensar nessas atitudes. Por isso dá enchente, porque o lixo vai para as bocas de lobo e ficam entupidas”, diz o psicólogo.
Miguel destaca que no momento em que foi fotografar a grande quantidade de lixo, ouviu piadas de um jovem que passava pelo local. “O rapaz falou que tem que ter lixo mesmo para os garis, eu falei para ele, que temos que ter respeito pelo meio ambiente, pensar nas consequências que vem depois. Claro que existem pessoas que fazem sua parte, que descartam o lixo corretamente, mas ali percebemos que a grande maioria jogou na rua”.
O psicólogo ressalta que a população precisa pensar na geração futura. “Ali vai muitos jovens e adultos, que planeta vamos deixar para as próximas gerações? Na época em que eu estava na escola, aprendia que a água era infinita, agora ela já é finita. Precisamos ter consciência do que fazemos”.