Policial

Mulher que confessou ter matado filha de 1 ano em GO está presa há 47 dias em MS

Ela foi localizada na casa dos pais e não resistiu à prisão, no dia 24 de junho.


Emanuelly morreu após ser agredida pela mãe, em Santa Rita do Araguaia. — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A mulher que confessou ter matado a filha de 1 ano após uma explosão de raiva em Santa Rita do Araguaia, região sudoeste de Goiás, no dia 19 de maio, está presa há 47 dias na delegacia de Costa Rica. Ela foi localizada na casa dos pais e não resistiu à prisão, no dia 24 de junho.

De acordo com delegado Alexandro Mendes Araújo, já foi feita a comunicação à Justiça de Goiás e também a solicitação de transferência de Jaqueline Vieira, de 21 anos, que responde por homicídio qualificado.

Procurado pelo G1 nesta sexta-feira (9), o advogado de Jaqueline, Fabrício Flores Grubert, disse que não iria se manifestar novamente sobre o assunto, mas à época, em que sua cliente foi presa ele informou que a jovem não estava escondida. 'Ela prestou depoimento em dois momentos em Goiás e se apresentou de forma espontânea. No segundo depoimento ela informou às autoridades que estava vindo morar com a família e passou o endereço de onde poderia ser encontrada, que seria na casa da mãe, em Costa Rica', declarou.

Conforme o delegado, havia um mandado de prisão preventiva contra Jaqueline expedido pelo poder judiciário goiano no dia 10 de junho. A suspeita está presa na delegacia de Costa Rica onde aguarda os procedimentos que serão tomados pela justiça do estado de Goiás.

Ainda de acordo com Alexandro, no momento da prisão estavam na casa da família da suspeita a mãe dela, o padrasto e um irmão. Ela não comentou nada sobre a morte da filha, mas à época em que confessou ser a responsável pelo homicídio, Jaqueline chegou a dar uma entrevista na qual chorava pela morte da criança. Ela responde por homicídio qualificado, com aumento de pena por ter sido praticado contra a filha.

O caso

De acordo com as investigações, Jaqueline e o esposo, Gabriel Felizardo Silva, levaram a criança para um hospital de Santa Rita do Araguaia (GO) com diversos ferimentos. Ela acabou sendo transferida para uma unidade de saúde em Rondonópolis (MT) por conta da gravidade, mas não resistiu e morreu.

O delegado até então responsável pelo caso, Júlio César Arana Vargas, disse que a forma como a criança chegou ao hospital deixou os médicos em alerta sobre uma possível agressão, o que fez com que a Polícia Militar fosse acionada.

O casal foi levado pela PM até Mineiros (GO), também na região sudoeste do estado, onde alegou inicialmente que a criança tinha caído da cama. O delegado então solicitou uma perícia na residência, tendo em vista que as lesões da menina eram 'desconectadas' com o discurso dos pais.

Reviravolta

Um novo depoimento de Jaqueline na delegacia de Mineiros, no dia 29 de maio provocou uma reviravolta no caso. De acordo com o delegado Marcos Guerini, a mãe da criança confessou o crime.

Ainda de acordo com o delegado, Gabriel Felizardo Silva, padrasto da menina, também mudou a versão e disse que não teve participação na morte da criança.

Segundo Marcos Guerini, Jaqueline que na ocasião não tinha se apresentado com um advogado, foi até a delegacia com o irmão. Ela disse ao delegado que não tinha a intenção de matar a filha.

Já a defesa de Gabriel relatou que ele “tinha inicialmente assumido o crime porque achou que Jaqueline esperava um filho dele e, no primeiro instante, não sabia da gravidade e achou que ia ficar tudo bem'.