Ao avaliar a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) de reduzir a Taxa Selic de 6,50% para 6% ao ano, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, considera que os juros continuam altos e há espaço para pelo menos mais duas reduções. “Apesar de o Copom ter reduzido em 0,5 ponto percentual os juros básicos da economia, ainda considero a Taxa Selic de 6% ao ano muito alta, pois temos uma inflação na casa de 3% ao ano, ou seja, os juros são o dobro da inflação, o que impende que os empresários façam investimentos”, considerou.
Sérgio Longen destaca que se o Banco Central mantiver essa política de redução dos juros o setor produtivo, principalmente o industrial, só tem a ganhar. “Nós precisamos desse ajuste e entendo que, se até o fim deste ano, tivermos mais uma ou duas reduções na taxa básica de juros, nós teremos patamares favoráveis a investimentos e, com certeza, teremos mais geração de empregos”, pontuou, completando que a queda dos juros também é importante para estimular o consumo das famílias e reativar a economia.
Ainda de acordo com o empresário, o Brasil começa a discutir algo diferente no momento em que reduz impostos e juros. “Até os bancos já estão se movimentando para disponibilizar mais recursos para investimentos, tantos os bancos oficiais, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, quanto os privados, como Bradesco e Itaú, bem como as cooperativas de crédito, que estão atuando com muita força no mercado. O País só tem a ganhar com esse movimento”, finalizou.