Policial

Família decide doar órgãos de pintor encontrado morto em cela da Deam

Acusado de matar mulher asfixiada, se enforcou com cadarço em cela de delegacia


Foto: Renan Nucci

A família de Fábio Braga do Amaral, 39 anos, decidiu que os órgãos do homem, encontrado morto na tarde desta terça-feira (30), serão doados. Ele dividia cela com outro preso e se enforcou com um casaco. Segundo advogado que o representava, Fábio estava com medo de ir para um presídio e teria passado mal nesta segunda-feira (29).

O suspeito estava foragido desde o dia 11 de junho, data em que matou a mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, Érica Aguilar Pereira, 38 anos – ela foi asfixiada. Após o crime, ele combinou de se entregar, mas fugiu, sendo localizado neste domingo (28) em Bodoquena, distante 260 quilômetros de Campo Grande, cidade onde estava trabalhando e morando.

Encaminhado para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que ficou responsável pelas investigações, ele relatou que na data do crime teria tentado tapar a boca da vítima que ameaçava gritar para que a esposa do suspeito ouvisse – Fábio morava no apartamento em frente ao de Érica. Também confirmou que não sabia que a vítima foi a óbito.

Conforme o advogado Hamilton Ferreira, Fábio estava com bastante medo e assustado. “Ele não queria ir para o presídio, porque já cumpriu pena na Máxima', completou o advogado. Fábio já tinha passagens por furto, roubo, tentativa de homicídio e um estupro contra uma ex-mulher. Sobre o abuso sexual, laudo pericial teria constatado que não houve estupro.

Hamilton ainda destacou que ao chegar na Deam nesta segunda, Fábio estava tenso e passou mal, sendo atendido pelo Corpo de Bombeiros. “Ele já tomava uma série de medicamentos. Quando passou mal ontem, foi medicado e melhorou', contou. A delegada Joilce Silveira Ramos afirmou que ainda não tem informações das circunstancias da morte, e que tudo será apurado.