A PGR (Procuradoria-Geral da República) encaminhou requerimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) para abertura de dois inquéritos para investigar o deputado federal, Vander Loubet (PT). Os dois casos são de delações premiadas que envolvem o parlamentar.

Segundo a PGR, as apurações serão sobre recebimento de vantagem indevida como contrapartida do deputado em contratação de empresas pela Petrobras. Os pedidos têm como base depoimentos de colaboradores, e buscam apurar crime de corrupção passiva supostamente cometidos pelo parlamentar.

Em um dos casos, Loubet teria solicitado o pagamento de vantagem indevida para atuar no processo de contratação pela Petrobras, de empresa norte-americana para fornecimento de asfalto. 

No segundo caso, Vander é acusado de ter solicitado vantagem indevida para interferir na participação de concorrência internacional de empresa para a construção e posterior afretamento de embarcações tipo PLSV (Pipe Layer Supply Vessel), para a Petrobras. Nesse caso, Dodge pede a instauração de inquérito contra Loubet e outras dez pessoas, porém, não foi revelado quem são esses outros investigados.

Segundo a assessoria de comunicação de Vander, a defesa e o deputado desconhecem as acusações, bem como o teor da peça elaborada, ‘de maneira que não há como comentar a respeito’.

De acordo com a nota divulgada, o parlamentar está à disposição da Justiça para ‘elucidar quaisquer fatos que sejam necessários e que sua atuação político-parlamentar é pautada pela honestidade, seriedade e responsabilidade, especialmente com a população de Mato Grosso do Sul – que lhe confia pela quinta vez consecutiva o mandato de deputado federa’l.

Outra investigação

Em abril do ano passado, Vander Loubet e mais quatro empresários foram denunciados ao STF por suposto desvio de recursos da campanha eleitoral de 2010. A denúncia sobre o “Caixa 3” também foi feita por Dodge e segundo o MPF (Ministério Público Federal) é a primeira do tipo desde o início da Operação Lava Jato.

De acordo com a denúncia, Vander declarou ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) ter recebido R$ 50 mil em doação das empresas Leyroz de Caxias Indústria e Logística e Praiamar Indústria e Comércio Distribuição, no entanto, comprovou-se que a doação foi feita mesmo pelo Grupo Odebrecht.

*Matéria atualizada às 16h53 para acréscimo de informação.