Política

Ministro diz que foco é CNPq e universidades ficam de lado

Conselho tem rombo de R$ 300 milhões e se mantêm até agosto


Ministro se diz preocupado com CNPq - Foto: Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado

Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, disse estar preocupado com a situação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que suspendeu a segunda fase de um processo de seleção de bolsistas no Brasil e no exterior, por falta de recursos, ao invés de pensar no contingenciamento de recursos para as universidades federais. 

“O que está me preocupando muito agora, existem outros assuntos sim para cuidar, mas a gente precisa resolver esse problema do CNPq. como eu estou muito focado nisso, eu estou deixando essas outras coisas passarem ao lado”, disse Pontes, em coletiva na tarde de hoje (26), na 71ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que está acontecendo no campus da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

O CNPq é a principal agência de apoio à ciência do governo federal e que tem um rombo de R$ 300 mil do orçamento aprovado para 2019, que pode prejudicar cerca de 80 mil bolsistas em todo o Brasil. A pasta tem recursos para se manter até agosto, motivo que fez o MCTIC suspender a segunda chamado do processo de seleção. 

Apesar dos problemas na própria pasta, Pontes garantiu que já conversou com o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, e que marcará uma reunião com ele analisar as questões que impactam nos laboratórios de pesquisa das universidades federais. 

O MEC bloqueou, no final de abril, uma parte do orçamento das 63 universidades e dos 38 institutos federais de ensino sobre gastos não obrigatórios, como água, luz, terceirizados, obras, equipamentos e realização de pesquisas. 

Durante visita aos stands do evento, Pontes falou sobre essas dificuldades que o país têm enfrentado. “A gente tem dificuldades hoje, temos, mas temos que trabalhar para que essas crianças tenham futuro na ciência e na tecnologia. Eu acordo e durmo pensando nas unidades de pesquisa”, finalizou.