Há três anos, Thamara Arguelho de Assis se apresentava na 7ª Delegacia de Polícia Civil de Campo Grande, depois de matar Victória Correia Mendonça, de 18 anos.  O crime foi cometido por ciúmes, já que Victória se relacionava com um rapaz que à época era ex-namorado de Thamara. Por causa dele, ambas trocaram farpas nas redes sociais e a vítima chegou a ser ameaçada.

Conforme noticiado pelo Jornal Midiamax, Victoria foi assassinada na madrugada do dia 19 de julho de 2016 no portão de casa, na Rua Luiz Bento, Vila Popular, região oeste da Capital. Ela foi até o portão da residência após a Thamara tê-la chamado pelo nome, e acabou foi recebida a tiros.

Segundo uma testemunha, quando Victoria chegou ao portão, ocorreram cinco disparos de arma de fogo. A jovem foi atingida na nuca e morreu no local. De acordo com a testemunha, Thamara, que na ocasião tinha 21 anos, fugiu do local com um comparsa em uma motocicleta. Para a polícia, a testemunha disse que ela ameaçava Victoria nas redes sociais.

“Consta que, em seguida ao fim do relacionamento com Thamara, o rapaz passou a se relacionar com a vítima Victória, sendo que a denunciada não aceitava o fim do relacionamento, motivo pelo qual passou a proferir ameaças contra a vítima por meio do Facebook e WhatsApp', lê-se na denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual.

Em depoimento um dia após o crime, a mãe de Thamara relatou que a jovem confessou durante uma ligação ter matado Victoria. A mulher disse ainda que a filha estava grávida de dois meses do suspeito de ser o pivô do assassinato. 

No dia 22 de julho de 2016, Thamara se entregou. O caso foi investigado pela delegada Rozeli Dolor, da 7ª Delegacia de Polícia Civil. Ela foi indiciada, denunciada e um ano e dois meses depois, foi condenada a 18 ano e nove meses de prisão em regime fechado. Por maioria de votos, o conselho de sentença a condenou por homicídio qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima e por porte de arma de fogo, além de 20 dias-multa de prestação pecuniária.

Como está hoje

Atualmente Thamara cumpre pena no Estabelecimento Penal Feminino Irmã Irma Zorzi, onde tem trabalhado na faxina, estudado e lido livros, obtendo diminuição, até o momento, de mais de 200 dias de pena. Nos primeiros dias de prisão, chegou a agredir e a ameaçar uma agente penitenciária.

A previsão para que ela seja beneficiada com progressão para o regime semiaberto é de 5 de março de 2021. Além disso, deve ser beneficiada com livramento condicional no dia 25 de setembro de 2024.