Após de nascer com apenas 630 gramas e passar três meses na Maternidade Cândido Mariano, Zhayra enfim pode ir para casa. O bebê nasceu em março com apenas 24 semanas – a média de gestações é de 37 a 42 semanas. Agora com 1,9 kg, a menina é uma das menores crianças nascidas na maternidade neste ano.
A mãe da menina, Hugleia Pereira Bispo, diz que a internação foi necessária após a ruptura da bolsa. “Quando entrou no quinto mês, a bolsa estourou do nada e a neném já estava encaixada para nascer”, explica. A mãe mora em Dois Irmãos do Buriti, a 84 km de Campo Grande, e o médico responsável pelo caso tinha dado esperança de apenas 72 horas para a recém-nascida.
“No começo, eu entrei em desespero e só chorava. O que me manteve em pé durante todo o tempo foi minha fé em Deus e a equipe do hospital”, afirmou a mãe. O neném era tão pequeno, que mal cabia na palma da mão. Durante três meses após a data de nascimento, a menina recebeu tratamento na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da Maternidade Cândido Mariano.
Para a psicóloga Jackeline Medeiros, histórias como o de Zhayra são comuns na Maternidade e o comprometimento da equipe é a garantia de sucesso, mesmo em prematuridade extrema. “Tivemos vários casos assim em 2019. Todo mundo aqui trabalha com vidas e dá o seu melhor. É o milagre do amor”, comentou a profissional. “Estou muito feliz. A neném está saindo do hospital sem nenhum tipo de sequela e sem doenças, somente tomando vitaminas”, finalizou a mãe.