Policial

Antes de ser morto, marido estrangulou mulher porque ela não respondia o WhatsApp

"É evidente a legítima defesa", diz delegado sobre facada


Delegado José Roberto de Oliveira. (Foto: Dayene Paz)

Antes de ser moto com uma facada na perna, o marido teria estrangulado a mulher porque ela não teria respondido suas mensagens no WhatsApp. Ele chegou em casa por volta das 3 horas da madrugada deste domingo (14) após beber com amigos, quando começou a agredi-la com xingamentos. Com medo, a mulher até tentou ligar para a polícia, mas ele quebrou o celular dela.

As informações são do delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, José Roberto de Oliveira Júnior. “Ela tentou ligar para a polícia, pegou o telefone, mas ele tirou da mão dela. Em seguida, pegou ela pelo cabelo, jogou no chão e a jogou contra a parede. Depois, começou a estrangulá-la”, explica.

Segundo o delegado, o homem a pegou pelo pescoço e só quando ela estava quase perdendo os sentidos, conseguiu alcançar a faca e o atingiu com apenas uma facada na perna. Ela pediu ajuda para a filha, que correu até a casa de uma vizinha. A testemunha conta que quando chegou na casa, o homem já estava caído no chão. Ele teve uma hemorragia intensa e morreu, já que a facada atingiu uma artéria importante.

O homem já tinha duas ocorrências de violência doméstica contra a esposa. Eles viviam juntos há quase oito anos, mas há quatro anos o relacionamento ia mal. O delegado plantonista ressalta que o caso é de violência doméstica e que mesmo com a morte, ela ainda é a vítima. “É evidente que foi legítima defesa”.

Ainda segundo o delegado Oliveira Júnior, não há motivo para manter a mulher presa, já que ela acionou o socorro, ficou o tempo todo no local e ainda se apresentou à polícia. Ela deve responder em liberdade.

 
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