Vereadora Daniela Hall cobrou retomada de atendimentos para deficientes auditivos. (Foto: Thiago Morais)
A vereadora Daniela Hall (PSD) voltou a cobrar medidas da Prefeitura de Dourados para restabelecer os serviços de audiologia de média e alta complexidade no município. A vereadora defende que enquanto o Executivo não consegue celebrar contrato com uma prestadora de serviço, que garanta o atendimento na rede particular. A informação é de que dezenas de pacientes com deficiência auditiva estariam sem atendimentos como o de fornecimento de próteses auditivas e manutenção.
De acordo com Daniela, a falta de fornecimento de próteses auditivas e de atendimentos aos deficientes auditivos em Dourados, ocorre por ausência de contrato vigente da Prefeitura com algum prestador, bem como da existência de irregularidades na prestação dos serviços de audiologia pela empresa que até então estava contratada. “Em respostas aos requerimentos que temos feito, a Prefeitura informa que realizou diversas tentativas em retomar o serviço, porém a empresa atualmente credenciada é sediada em Campo Grande, fator que impossibilita a contratação segundo a Legislação”, explica.
Segundo Daniela, o problema da falta de atendimento também já é alvo de ação civil pública do Ministério Público Estadual, através de Inquérito Civil n. 06.2017.00002231-6. “Duas situações são extremamente preocupantes. Além da Prefeitura não oferecer o serviço em Dourados, também não está ofertando fora do domicílio, ou seja, os pacientes estão abandonados a própria sorte. Pessoas com deficiência estão apenas sendo informados de que o serviço está fechado e sem previsão de retomada. Um paciente denunciou que está há um ano tentando receber o aparelho auditivo, mas sem sucesso. Situação inadmissível”, reclama.
A estimativa da vereadora é de o problema afeta mais de 3 mil pessoas com deficiência auditiva de Dourados e região. Por isso eles estão tendo que pagar para fazer avaliações, exames e manutenção. Sem contar com os pacientes que aguardam receber o aparelho auditivo que custaria em torno de R$ 2 mil.
Conforme Daniela, o aparelho auditivo é de fundamental importância no dia a dia de quem tem problemas de audição. "Ele estabiliza a doença e garante uma melhor qualidade de vida para o paciente. Um dia a mais sem o parelho representa muito porque a pessoa que não consegue ouvir sofre com outras doenças como a depressão e a ansiedade, por exemplo. Há pacientes que estão tendo que pedir licença de suas atividades pela dificuldade de audição. Esperamos que a Prefeitura tome providências e garanta o direito desses pacientes”, acrescenta.