O frio é tão perigoso para a saúde dos animais domésticos quanto para os seres humanos. Animais de estimação também são sensíveis às mudanças de temperatura e podem contrair doenças respiratórias comuns no inverno, época em que cães e gatos acabam bebendo menos água e, com isso, podem desenvolver cálculos urinários. Em dias em que até o tutor hesita em sair de casa, a frequência de passeios e banhos causa dúvida, assim como o uso de roupinhas.
Confira alguns cuidados:
DOENÇAS
Doenças respiratórias são comuns em dias mais secos e frios. A gripe dos cães, conhecida também como tosse dos canis, é altamente contagiosa, transmitida por contato direto entre os animais -lambidas, tosse e secreções. Ela provoca uma inflamação da traqueia e brônquios que tem como principal sintoma a tosse insistente e seca, e se espalha rapidamente entre os cães. Pode ser evitada com vacina anual.
Medidas como suplementação em épocas mais frias e de transição de temperatura são válidas para auxiliar o sistema imunológico, afirma o veterinário Ítalo Cássio Oliveira, do Centro Veterinário Seres, do Grupo Petz. Ele cita a administração de vitamina C, por exemplo, sempre sob recomendação médica.
No caso dos gatos, a gripe atinge, principalmente, animais que vivem em espaços mais fechados e que tendem a se agrupar mais. Alguns gatinhos podem desenvolver doenças do trato urinário pela menor ingestão de água e sedentarismo ocasionados pelo frio. Isso também pode acontecer com os cães. Raças como shih-tzu, schnauzer e spitz alemão têm predisposição à formação de cálculos urinários.
PASSEIOS
Animais pequenos, de pelo curto ou pouca gordura precisaram de agasalho, mas podem sair para passear. O look pode incluir sapatos, se o pet não ficar incomodado.
Durante a voltinha, o tutor deve respeitar o tempo de permanência em locais muito abertos e observar se o animal apresenta sinais de frio, como tremores ou ficar encolhido. Locais pet friendly, fechados, podem ser alternativas.
BANHOS
A frequência de banhos varia conforme a necessidade de cada animal e pode ser mantida no inverno, se observados alguns cuidados: a água deve ser morna, agradável -banhos frios levam à hipotermias e quentes demais causam ressecamento da pele e coceiras; o local não deve ter corrente de vento; se der banho em casa, seque muito bem o animal com toalha ou secador -e nunca permita que o pet se seque naturalmente em locais abertos.
ROUPINHAS
O uso de roupinhas deve ser avaliado caso a caso -leve em conta porte, pelagem e idade. A roupa não tem apenas função estética, mas ela precisa ser confortável e não incomodar o animal.
Se o pet não tolera a roupinha, vale deixar à disposição um cobertor e uma caminha quentinha. O tecido mais recomendado é o algodão; já lã e tecidos sintéticos devem ser evitados.
FILHOTES E IDOSOS
Filhotes e idosos merecem atenção especial porque podem estar imunologicamente debilitados. Além disso, pela estrutura física, sentem mais os efeitos da baixa temperatura.
Animais idosos, geralmente, têm doenças osteoarticulares e podem sofrer dores mais intensas no frio. Aqueles com doenças cardiovasculares são mais predispostos a pneumonias.
ALIMENTAÇÃO
O pet pode sentir mais apetite em dias frios. Por isso, controle e evite excessos. A rotina alimentar deve ser mantida, com a ração recomendada. A ingestão de alimentos gelados deve ser evitada.
COMO MANTER O BEM-ESTAR DO ANIMAL?
A melhor dica de bem-estar no tempo frio é o carinho. Dê bastante colo, deixe seu gatinho ou cãozinho deitarem com você no sofá para ver uma série, abrace. A aproximação corporal é uma forma primitiva e extremamente reconfortante para afastar o frio.