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Cyborg foca em próxima luta e ‘desconversa’ sobre futuro no UFC e Amanda: ‘Não muda meu legado’

Eu perdi na minha estreia no MMA e isso só me fortaleceu para chegar onde estou, e acredito que há muito mais por vir


Cris Cyborg tem duelo marcado contra Felicia Spencer no UFC 240 (Foto Getty Images / UFC)

Com 33 anos e agora ex-campeã peso-pena do UFC, Cris Cyborg já tem seu legado estabelecido no MMA, mas busca um recomeço na carreira. Após ser nocauteada por Amanda Nunes em sua última luta e perder uma invencibilidade de 13 anos no MMA, a curitibana retorna ao cage do Ultimate no dia 27 de julho, em duelo contra Felicia Spencer no card do UFC 240, que será realizado em Edmonton, no Canadá.

O duelo contra Spencer surgiu após a americana, que está invicta no MMA, com sete vitórias, ter desafiado a brasileira ao vencer Megan Anderson no UFC Fight Night 152, em maio. Cyborg aceitou o confronto e vai para sua última luta no atual contrato com a franquia. Em entrevista ao site MMA Fighting, a ex-campeã “desconversou” sobre seu futuro no Ultimate e mostrou estar focada em seu próximo desafio.

“Estou feliz que minha próxima luta seja no Canadá. Eu tenho muitos fãs no Canadá, mas nunca lutei lá antes. Eu acho que vai ser uma ótima luta. Sei que é a última luta no meu contrato, mas, na verdade, não estou pensando nisso. Estou focada em mais uma luta na minha carreira. Cada luta é diferente e temos que estar preparados para várias situações. Isso é MMA e tenho que estar pronta para tudo. Acredito que vai ser uma boa luta”, disse Cris.

Com sua sequência no UFC indefinida, Cris Cyborg não descarta sua permanência na organização, no entanto, em algumas ocasiões, já externou sua vontade em lutar Boxe e até mesmo cogitou uma ida para a WWE, franquia de lutas coreografadas. Apesar disso, a curitibana ressaltou que seu foco, no momento, está no combate diante de Spencer.

“Minha carreira teve altos e baixos, mas acho que isso nos ajuda a nos tornar mais maduros, a melhorar como pessoa, a aprender e a ser um exemplo para os outros. Não há nada pessoal entre o UFC e eu. Eu vejo isso como um negócio, então as decisões que tomamos, o que eu faço, o que vai acontecer, certamente será algo bom para mim. Eu não estou pensando sobre isso agora (futuro no UFC), eu realmente estou focada na minha próxima luta. Eu lutei por muitas organizações… EliteXC, fui campeã do Strikeforce, campeã do Invicta FC, no UFC, e acho que o UFC não é diferente das outras organizações pelas quais eu lutei antes. Isso fez minha carreira e história mais fortes. Todo mundo já sabia quem era a Cris Cyborg antes de eu ir para o UFC, então, na verdade, eu trouxe meus fãs comigo quando fui lutar no UFC. (Meus fãs) fizeram campanha para me fazer lutar no UFC, e estou feliz com isso. Minha história não termina, ela continua. Assim como eu estive em muitas organizações, eu poderia continuar lutando pelo UFC. Vamos ver o que acontece”.

A dura derrota para Amanda Nunes, em dezembro do ano passado, ainda é pauta e uma revanche entre as lutadoras é desejo de muitos fãs de MMA e da própria Cyborg, que no entanto, acredita que o sentimento de uma nova luta tem que acontecer “dos dois lados”.

“A primeira coisa que fiz depois da minha última luta foi pedir uma revanche. Eu perguntei ao Dana White e ele disse publicamente que não me daria uma revanche imediata. Amanda Nunes também disse que talvez, depois de dois anos (a revanche aconteceria), mas a vida continua. Isso não vai parar meu legado e nem parar meu trabalho. Se (essa luta) tiver que acontecer, vai acontecer. Não depende só de mim. Se dependesse, já teria acontecido, porque foi a primeira coisa que perguntei depois da luta. Todo mundo sabe que isso não muda meu legado. Eu perdi na minha estreia no MMA e isso só me fortaleceu para chegar onde estou, e acredito que há muito mais por vir”, finalizou Cyborg.