Marcelo Rios foi preso há um mês com armas. Suspeita é que arsenal tenha ligação com execuções na Capital. (Foto: Henrique Kawaminami)
Preso com arsenal que pode estar ligado a execuções em Campo Grande, o guarda municipal Marcelo Rios será transferido para a penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Antes da viagem, foi incluído de forma emergencial e temporária no presídio federal da Capital. As penitenciárias federais são destinadas a presos de alta periculosidade.
Na prisão há um mês, Rios primeiro ficou no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) e depois foi transferido para o Centro de Triagem Anízio Lima. O pedido de inclusão emergencial do guarda municipal no presídio federal foi a pedido da 1ª Vara de Execuções Penais de Campo Grande.
A medida foi autorizada até a transferência para Mossoró. Datada de 19 de junho, a decisão é do juiz da 5ª Vara da Justiça Federal, Dalton Igor Kita Conrado, corregedor da penitenciária federal de Campo Grande.
Guarda e segurança - No dia 19 de maio, foram apreendidos seis fuzis, um revólver, 17 pistolas e duas espingardas em imóveis ligados a Marcelo Rios, que também trabalhava na segurança particular de empresário de Campo Grande.
Ao denunciar o guarda à Justiça pela posse as armas, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), braço do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), apontou que “não passa despercebido que várias das execuções ocorridas recentemente em Campo Grande foram perpetradas com fuzis calibre .762, que é uns dos apreendidos em poder do denunciado”.
Foram três mortes com fuzil AK47: Ilson Martins de Figueiredo (policial militar reformado e então chefe da segurança da Assembleia Legislativa), Orlando da Silva Fernandes (ex-segurança do narcotraficante Jorge Rafaat) e universitário Matheus Coutinho Xavier (a suspeita é de que o alvo fosse seu pai, um policial militar reformado).
O armamento e as munições foram remetidos à Polícia Federal para exames de eficiência, coleta de material genético, levantamento de impressão papiloscópica e confronto com os estojos e projéteis recolhidos nos locais das execuções.
Dias após a prisão de Marcelo Rios, mais dois guardas municipais, que também eram seguranças do empresário, foram presos por ameaça a testemunhas. Os dois guardas já estão em liberdade, mas foram afastados da função.