Identificado como Edmur Guimara Bernardes, de 78 anos, o piloto sequestrado por bandidos já está desaparecido há 24 horas. Ele sumiu durante o roubo de uma aeronave modelo Cessna 182 Skylane, na manhã desta terça-feira (18), em Paranaíba – a 422 quilômetros da Capital. Não é a primeira vez que o piloto vira notícia policial. Ele já foi suspeito de envolvimento em casos de tráfico de drogas, além de contrabando e descaminho de mercadorias.
Em um dos casos mais recentes, de 2017, um avião de pequeno porte em nome de Edmur foi encontrado abandonado em uma lavoura de milho às margens da rodovia BR-163, no município de Mundo Novo, sul do Estado.
Na época, a Polícia Civil foi acionada por vizinhos que viram o avião fazendo um pouso de emergência próximo ao pedágio da rodovia. De acordo com o delegado, Claudinei Galinares, que respondeu pelo caso, a suspeita era de que a aeronave estivesse sendo “usada para contrabando, descaminho ou tráfico, pela forma que foi encontrada”.
A ficha do suspeito também traz uma apreensão de cigarros e aparelhos eletrônicos que, segundo reportagem no ano de 2013 do site Edição MS, acabou na prisão de três pessoas, todas de Goiás. A mercadoria seria transportada em um avião que estava parado no hangar que pertencia a Edmur, em Paranaíba.
Treze anos antes, em 2000, o piloto havia sido preso em operação da Polícia Federal contra tráfico de drogas. Conforme reportagem do site Diário da Região, de São José do Rio Preto, o grupo no qual Edmur fazia parte era suspeito de transportar drogas em uma aeronave. Equipes policiais flagraram o momento que os entorpecentes eram descarregados do avião e transferidos para o fundo falso de um caminhão.
Na ocasião, Edmur teria sido a pessoa que fechou o hangar após a entrada da aeronave e que ajudou na transferência da droga.
Sequestro – Pouco antes das 7h de ontem, um funcionário do aeroporto foi rendido e amarrado por pelo menos dois suspeitos. Logo depois, o piloto, identificado pelo próprio dono da aeronave como sendo Edmur, foi levado ao local por outras duas pessoas e obrigado a pilotar o avião.
De acordo com o dono da aeronave, o empresário Samuel Garcia Alonzo, de 47 anos, os suspeitos chegaram ao local com galões de combustível, quantidade suficiente para deixar o país, conforme análise do proprietário.
Até às 6h20 desta quarta-feira (19), o piloto e o avião ainda não haviam sido localizados.