A produção industrial sul-mato-grossense ficou praticamente estável em janeiro de 2019, de acordo com a Sondagem Industrial realizada pelo Radar Industrial da Fiems junto a 70 empresas no período de 1º a 13 de fevereiro de 2019. Pelo levantamento, em dezembro, 62,8% das empresas industriais de Mato Grosso do Sul tiveram estabilidade ou crescimento da produção, enquanto no mês anterior esse resultado foi de 62,5%.
“Esse desempenho já era esperado, pois o mês tradicionalmente não registra aumentos no ritmo de produção. Ainda assim, o índice de evolução fechou o mês acima da média histórica observada para o período em 2,6 pontos”, comentou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.
Ainda de acordo com ele, em janeiro, a ociosidade média na indústria sul-mato-grossense ficou em 33%. “Somado a isso, o índice de utilização fechou o mês em 43,4 pontos. Resultados abaixo dos 50 pontos sinalizam que a utilização da capacidade instalada foi inferior ao que era esperado para o período. Por fim, a sondagem mostrou que, em janeiro, a utilização da capacidade instalada ficou abaixo do usual para 34,3% dos respondentes, igual ao usual para 52,9% e acima para 10%”, relatou.
Expectativa
Com relação ao índice de expectativa do empresário industrial, Ezequiel Resende detalha que, em fevereiro, 52,9% das empresas responderam que esperam aumento na demanda por seus produtos nos próximos seis meses, enquanto para o mesmo período 5,7% preveem queda. “Já as empresas que acreditam que o nível de demanda se manterá estável responderam por 41,4% do total, enquanto 3,1% não apresentaram resposta”, informou.
Já sobre o número de empregados 18,6% das empresas responderam que esperam aumento nos próximos seis meses, enquanto 7,1% apontaram que esse número deve cair. “Além disso, 74,3% das empresas esperam manter o quadro de funcionários estável”, ressaltou o economista.
Ezequiel Resende reforça que as exportações devem ter alta para 11,4% das empresas respondentes nos próximos seis meses, enquanto 2,9% acreditam que deva ocorrer queda. “As empresas que preveem estabilidade para suas exportações responderam por 11,4% do total e 74,3% disseram que não exportam”, detalhou.
Sobre a intenção de investimento do empresário industrial, em fevereiro o índice alcançou 62,3 pontos. “Esse é o melhor resultado desde junho de 2014, quando o indicador alcançou 64,8 pontos. O bom desempenho observado neste início de ano é resultado da elevação do número de empresas que disseram que devem investir nos próximos seis meses”, explicou o coordenador.
ICEI
Em fevereiro, o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Mato Grosso do Sul (ICEI/MS) alcançou 69,3 pontos, indicando um pequeno recuo de 0,7 ponto quando comparado com o mês anterior. “Essa pequena variação interrompe uma sequência de quatro altas consecutivas. Porém, o ICEI encontra-se 11 pontos acima do registrado em fevereiro do ano passado e 14,7 pontos acima de sua média histórica”, detalhou o economista.
Em fevereiro, 1,4% dos respondentes consideraram que as condições atuais da economia brasileira pioraram, no caso da economia estadual, a piora também foi apontada por 1,4% dos participantes e, com relação à própria empresa, as condições atuais estão piores para 7,1% dos respondentes. Além disso, para 48,6% dos empresários não houve alteração nas condições atuais da economia brasileira, sendo que em relação à economia sul-mato-grossense esse percentual foi de 58,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 54,3%.
Para 44,3% dos empresários as condições atuais da economia brasileira melhoraram, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 34,3% e, no caso da própria empresa, o resultado foi de 32,9%. Já os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das condições atuais da economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 5,7%.
Expectativas para os próximos seis meses
Em fevereiro, nenhum respondente se mostrou pessimista em relação à economia brasileira ou estadual. Contudo, em relação ao desempenho da própria empresa, o pessimismo foi apontado por 2,9% dos empresários. Os que acreditam que a economia brasileira deve permanecer na mesma situação ficou em 15,7%, sendo que em relação à economia do Estado esse percentual alcançou 18,6% e, a respeito da própria empresa, o número chegou a 12,9%.
Por fim, 81,4% dos empresários se mostraram confiantes e acreditam que o desempenho da economia brasileira vai melhorar, enquanto em relação à economia estadual esse percentual chegou a 78,6% e, no caso da própria empresa, 81,4% dos respondentes confiam numa melhora do desempenho apresentado. “Os que não fizeram qualquer tipo de avaliação das expectativas em relação à economia brasileira, estadual e do desempenho da própria empresa responderam igualmente por 2,9%”, finalizou Ezequiel Resende.
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