O Ministério do Interior do Paraguai discute expulsar do país aproximadamente 400 criminosos das facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho), geralmente ligados ao comando do tráfico de drogas e de armas, bem como a execuções, como àquela ocorrida nesta semana em Pedro Juan Caballero, que terminou com seis pessoas mortas.
De acordo com o jornal ABC Color, o objetivo é entregá-los ao Brasil. O ministro do interior Juan Ernesto Villamayor confirmou que analisa a situação de processos dos brasileiros presos preventivamente em presídios paraguaios, a fim de expulsá-los, com a garantia de que continuassem presos, respondendo por seus delitos.
Acordo internacional permite que a Justiça brasileira leve a julgamento em seus tribunais acusações apresentadas por autoridades do país vizinho. O caso mais recente da transferência de processo penal é o de Flávio Acosta, sobrinho de “Neneco” e fugitivo no Paraguai pelo assassinato do jornalista do ABC Color Pablo Medina e sua companheira, Antonia Almada.
É essa mesma modalidade que se destina a ser aplicada a supostos integrantes do PCC e do CV. As células dessas facções nas prisões são funcionais e úteis ao crime organizado, pois continuam a articular esquemas de distribuição de entorpecentes, roubos e execuções.