A Polícia Civil acredita que a empresa de guincho de Gilberto Melo Martins, de 40 anos, preso em ação contra o tráfico de drogas do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) na quinta-feira, vinha sendo usada como fachada para acobertar o esquema. Ele e mais três comparsas são investigados por manterem depósito com 3,6 toneladas de maconha e veículos roubados.
De acordo com o delegado João Paulo Sartori, um dos responsáveis pelas investigações, não é descartado também que o negócio servia para lavar o dinheiro obtido por meio da distribuição de entorpecentes. “É possível que fosse usada na lavagem de dinheiro, mas só vamos saber durante o seguimento destas investigações”, explicou Sartori. Na sede da empresa, na Vila Piratininga, foram apreendidos um caminhão prancha e uma caminhonete F-250.
O delegado alegou ainda que Gilberto ostentava vida luxuosa e que na casa dele, na Vila Carvalho, foram apreendidos duas motos esportivas e um automóvel Golf. No entanto, ao ser apresentado à imprensa na manhã deste sábado (18), ele negou ligação com o tráfico e disse que o patrimônio veio de outro meio. “Morei 20 anos no Japão. Trabalhei muito lá”, disse. “Estava no lugar errado e na hora errada”, respondeu ele quando questionado sobre o envolvimento com seus comparsas.
Conforme noticiado, Gilberto foi preso na quinta-feira, juntamente com Sérgio Rodrigues da Costa, de 40 anos, Laudemir de Oliveira, de 42 anos e Geovani Fernando Raymundo, 26. Eles são investigados por integrarem um esquema de tráfico interestadual de drogas que usava veículos roubados como moedas de troca. Como grupo foram apreendidos 3,6 toneladas de maconha e 13 veículos, dentre os quais cinco caminhonetes roubadas que seriam levadas para a fronteira.