O deputado estadual Marçal Filho (PSDB) repercutiu na sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (14) falhas na prestação do serviço público de saúde, com ênfase à situação do Hospital da Vida e postos do município de Dourados. "Precisamos de solução para resolver uma série de problemas pontuais, como a falta de médicos, de insumos e de medicamentos", disse o deputado.
Com 220 mil habitantes, Dourados é responsável por atender uma população de outros 34 municípios de toda a região sul do Estado, além do Paraguai, perfazendo uma população de mais de 800 mil pessoas. A cidade conta apenas com um hospital de portas abertas, o Hospital da Vida, que há muitos anos enfrenta superlotamento e carece de espaço adequado para receber os pacientes e de condições necessárias para os profissionais que lá trabalham.
"O superlotamento não é novidade para ninguém, por isso a importância da construção do tão desejado Hospital Regional de Dourados, unidade que tanto lutei quando fui deputado federal e hoje está em construção às margens da BR-463, saída para Ponta Porã", destacou o deputado. A unidade será construída em três etapas e a primeira, que abrigará 29 leitos, estão sendo aplicados R$ 24,8 milhões, e a previsão é de entrar em funcionamento até o final de 2020. O investimento total no hospital é de R$ 53 milhões.
Conforme Marçal Filho, o Brasil está procurando um caminho em meio às barreiras econômicas, mas é necessário priorizar a saúde. “Nós sabemos que os problemas econômicos atingem à saúde, mas precisamos buscar ações para garantir e priorizar esta área. Em Dourados, que é onde moro, existe falta de insumos, falta de remédios, de médicos, e as pessoas carentes são as mais prejudicadas”.
O deputado afirmou que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul recentemente destinou mais de R$ 13,7 milhões para a saúde pública de Dourados, para atender hospitais, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Unidade de Pronto Atendimento (UPA), incentivo a Agentes Comunitários de Saúde e de Combate a Endemias, entre outros. “Mas a saúde demanda de mais recursos e de investimentos”, diz o deputado, chamando a atenção para a administração municipal, responsável pela saúde de Dourados. “É preciso planejamento na aquisição de remédios, materiais, contratação e gestão dos profissionais na área da saúde”.
Outro problema apontado pelo deputado é sobre a falta de médicos nos postos de saúde, provocando o superlotamento da única UPA. O problema é que os profissionais que atendem na UPA são contratados pela Fundação de Saúde (Funsaud), que enfrenta crise financeira e tem atrasado o salário dos médicos. Por causa disso muitos deles já abandonaram a unidade e quem sofre são os milhares de pacientes que enfrentam longa fila de espera para conseguir atendimento.