Política

Vereador Ermeson fala sobre paralisação em defesa da educação que acontece nesta quarta

Contra reforma da Previdência e descaso com a educação, trabalhadores e trabalhadoras da Educação fazem mobilizações, atos, paralisações e assembleias neste dia 15 de maio em todo país.


Vereador e Presidente da Câmara de Fátima do Sul, Ermeson Cleber Mendes usou tribuna para falar das manifestações (Foto: Ribero Júnior / MS 24h)

O vereador e presidente da Câmara de Vereadores de Fátima do Sul, Ermeson Cleber Mendes usou a tribuna do legislativo durante sessão de ontem, terça-feira (14) para falar sobre a paralisação em defesa da educação, que acontece em todo o país nesta quarta-feira (15).

De acordo com o vereador, a paralisação já foi aderida por pais, alunos e professores de dezenas de colégios particulares, municipais e estaduais de todo o País. Ermeson disse que a paralisação é em defesa da educação e os cortes feitos pelo governo federal a diversas instituições de ensino do Brasil.

A manifestação desta quarta-feira (15) foi marcada após o anúncio do Ministério da Educação de bloqueio de 30% do orçamento das universidades federais, da educação básica e corte de bolsas para pesquisa. Também é contra os ataques que foram feitos pelo ministro Abraham Weintraub contra as universidades e cursos da área de humanas. Ermeson lembrou que a paralisação também tratará sobre a reforma da previdência, na qual deve ser votada em breve pelos deputados na Câmara Federal. O presidente do legislativo destacou que a reforma da previdência só dificultará a vida dos brasileiros, e que muitos não conseguirão se aposentar no futuro, e caso consiga a sonhada aposentadoria, o valor pago não será necessário para suprir o orçamento mensal de um pai de família.

'O governo Bolsonaro está na contramão do que foi prometido durante sua campanha. Este corte na educação é um absurdo, e a reforma da previdência proposta por ele é inconstitucional, não há condições de um trabalhador se aposentar com 65 anos, ou um professor legislar até atingir a idade mínima de 65 anos, sem falar no tempo no qual deveremos contribuir de previdência. Eu como professor e vereador apoio a paralisação que acontece amanhã, e estarei participando e mostrando nossa insatisfação com as propostas do governo federal' - comentou Ermeson.

Os atos e mobilizações acontecem nesta quarta-feira (15) em todas as regiões do País, os trabalhadores e as trabalhadoras da Educação atenderam ao chamado da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) para participar da 20ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e fizeram atos de preparação para a greve geral da educação.

Trabalhadores e trabalhadoras da Educação denunciam os prejuízos que a reforma da Previdência vai provocar na categoria e os descasos com a educação pública por parte do governo de Jair Bolsonaro (PSL) e seus aliados. Eles também denunciam retrocessos e perigos que inúmeras medidas que estão sendo tomadas em sentido contrário aos direitos assegurados na Constituição Federal representam para a educação no Brasil. Entre elas, a Lei da Mordaça, a privatização da escola e da universidade pública, a desvinculação de recursos para a educação, a militarização das escolas, a implantação de conteúdos mínimos e direcionados a uma formação escolar adestradora, além dos constantes ataques aos trabalhadores e trabalhadoras em educação, que afetam negativamente não apenas a valorização dos profissionais, mas a qualidade de todo o sistema educacional.