Potências nucleares e países que não detêm esses armas não chegaram a um acordo sobre recomendações visando ao desarmamento, em uma reunião da Comissão de Não Proliferação de Armas Nucleares.
Um encontro preparatório da comissão para a conferência de 2020 sobre a revisão do Tratado de Não Proliferação das Armas Nucleares está em andamento na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
Nessa quarta-feira (8), representantes de países-membros expressaram suas opiniões a respeito do projeto de recomendações sobre desarmamento, apresentado na semana passada pelo presidente da atual sessão.
O projeto, de 55 pontos, inclui um pedido de reconhecimento de que muitos países apoiam o Tratado da ONU de Proibição das Armas Nucleares. O documento também pede que países que detêm essas armas cumpram suas obrigações com relação ao desarmamento e pede uma suspensão do desenvolvimento de novos tipos de armas nucleares.
O representante dos Estados Unidos, Robert Wood, criticou o projeto, dizendo que ele reflete visões baseadas em concepções incompatíveis sobre como obter progresso em metas compartilhadas de desarmamento.
O Japão e a Coreia do Sul, que estão sob proteção do guarda-chuva nuclear americano, também apresentaram opiniões contrárias ao projeto devido à falta de considerações equilibradas para questões de segurança.
Entretanto, a Áustria e África do Sul, que lideraram os esforços para adoção do tratado de proibição nuclear da ONU, manifestaram apoio ao projeto, citando preocupações com os esforços de potências nucleares paraa modernização de seus armamentos.