Policial

Presos golpistas que compravam carros com documentos falsos em Campo Grande

Playboy' cuidava das falsificações, e usou até nome de major morto em Bonito


Presos golpistas que compravam carros com documentos falsos em Campo Grande

Foram presos na noite deste domingo (5), em Campo Grande, dois acusados de estelionato. Eles tinham CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) e documentos de RG falsificados para a compra de veículos. A dupla estaria envolvida na falsificação do documento do major do Exército, Paulo Setterval, que foi assassinado a facadas em Bonito – a 300 quilômetros de Campo Grande.

A polícia chegou até eles depois de investigações de golpes aplicados pela dupla, sendo que em um deles tentou comprar uma motocicleta em uma loja, na Avenida Mato Grosso, usando o RG falsificado do major. O primeiro a ser preso foi Ewerton Bruno Prado Melo de Almeida de 25 anos, o cabeça de toda a operação. Ele foi encontrado no condomínio onde morava na Avenida Tamandaré. Dentro do veículo Volkswagen Golf de Ewerton a polícia encontrou três CNHs falsificadas e três chips de uma operadora de telefonia, considerados ‘ chip bomba’, já que ele vendia estes chips – que estavam em nome de outras pessoas- para que terceiros usassem sem pagar a conta posteriormente.

Ewerton acabou entregando a polícia seu parceiro, que vendeu a ele os documentos, Alisson Magalhães dos Santos, de 24 anos, conhecido como ‘Playboy’. Os investigadores foram até a casa de Alisson e lá encontraram o celular dele onde toda a negociação dos documentos falsificados, além de R$ 2.400 da venda. Ele foi levado para a delegacia.

O esquema: Alisson era o responsável por falsificar os documentos, enquanto Ewerton fazia compras de carros em Campo Grande, e depois revendia os veículos a terceiros. Ewerton já tinha um mandado de prisão em aberto por estelionato. Não há informações dos prejuízos causados pela dupla.

Morte major

Paulo Settervall estava reunido com amigos da turma de formatura de Salvador (BA), que vieram conhecer o Pantanal sul-mato-grossense. Ele foi assassinado em frente a um hotel no Centro da cidade, quando desceu do quarto para fumar cigarro.

Paulo foi um dos militares de carreira que ajudaram a implantação do Colégio Militar da Capital, onde trabalhou até se aposentar. Saindo de lá, não se afastou das salas de aula e estava lecionando no Bionatus, uma escola particular de Campo Grande. Por nota no Facebook, a escola, que está em recesso, prestou pesar aos familiares pela morte trágica do professor.