A execução do jornalista Eduardo Ribeiro de Carvalho, o Carvalinho, termina sem nenhum responsável. O inquérito tramitava na DEH (Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios) e foi arquivado no ano passado a pedido do Ministério Público Estadual, em razão de a apuração policial não ter identificado a autoria delitiva. O processo estava na 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Dono do jornal Última Hora News e ex-policial militar, Carvalinho era conhecido pelas polêmicas e artigos que divulgava referentes à polícia e à política em Mato Grosso do Sul. Casado e pai de três filhas, foi assassinado no dia 21 de novembro de 2012, em Campo Grande. Ele chegava em casa com a família, quando foi abordado por dois homens em uma moto e baleado com 4 tiros.
Outro jornalista também teve o processo do assassinato arquivado. Edgar Lopes de Faria foi morto no dia 29 de outubro de 1997. Em dezembro de 2005, após recorrer a outras linhas de investigação, a polícia não alcançou dados suficientes que revelassem a autoria e a motivação do crime. Em 2006, por essa razão, o Ministério Público requereu o arquivamento do inquérito policial. Em razão da ausência de indícios indicativos de autoria, o arquivamento foi homologado judicialmente
Os dados sobre os processos foram revelados pelo CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) que trouxe o relatório “Violência contra comunicadores no Brasil: um retrato da apuração nos últimos 20 anos”. O material foi construído com o objetivo de reunir, em um único documento, informações oficiais sobre todos os episódios de homicídios praticados contra jornalistas, profissionais de imprensa e comunicadores no exercício de suas funções ou em razão delas no Brasil, desde o ano de 1995.