General tem que se licitar ao papel constitucional de vice, alega parlamentar (Foto: Reprodução/Facebook)
Até mesmo a base do governo Jair Bolsonaro (PSL) demonstra irritação com a troca de farpas entre o vice-presidente, Generão Hamilton Mourão, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC). Ambos protagonizam intensas alfinetadas que ameaçam intensificar suposta crise no Palácio do Planalto.
Para Luiz Ovando (PSL), eleito pela onda bolsonarista, o general “tem que ficar quieto e entender que é vice', evitando “conversa mole' para não desestabilizar o governo. “O Mourão ta querendo se achar, mas tem que ficar na posição de vice. Tem que ficar quieto. Oportunamente vai ter o papel dele, mas não tem que ficar tumultuando', reclama.
Até a visibilidade dada ao general por Bolsonaro foi questionada pelo parlamentar. “O mÃnimo que tinha que ter era gratidão. Mas ele só aparece no cenário depois que virou vice, porque a Janaina Paschal não aceitou. A gente não pode esquecer, agora ele tem que ter atitude, se gostou, de gratidão', pontua.
Ovando saà em defesa de Carlos Bolsonaro e afirma que o vereador, por ser mais jovem – e fera nas redes sociais, como avaliou o pai após a vitória nas urnas – apenas “percebe o risco e denuncia a situação'. “Ele não é bobo, é polÃtico, vereador, está lá [Na Câmara Municipal do Rio] faz tempo sabe como são as coisas e percebe as artimanhas por trás das declarações', acredita, ponderando que a troca de farpas pode acabar respingando no governo de Bolsonaro, especialmente no vice, que chegou a ser alvo de pedido de impeachment, protocolado pelo vice-lÃder, deputado Marco Feliciano (Podemos).
“Bolsonaro não é bobo, mas o que está acontecendo aà está até certo ponto incomodativo por parte do Mourão, mas acredito que ele, general, bom preparo, perspicaz, vai dizer ‘olha fica quieto’, mas se ele não ficar, realmente, [sua posição] passa a ser duvidosa e comprometedora, tanto é que o Marco Feliciano, vice-lÃder do Governo, pediu impeachment dele. Momento agora é focar na Previdência', finaliza.