O Botafogo superou a pressão do Defensa y Justicia nesta quarta-feira e foi preciso para se classificar na Copa Sul-Americana. Na Argentina, foi dominado pelos donos da casa durante os 90 minutos, ficou com um jogador a menos, mas marcou em três das quatro finalizações que deu para vencer com autoridade por 3 a 0 e avançar à segunda fase do torneio.
Como na primeira partida, no Engenhão, quando venceu por 1 a 0 com um golaço de Erik nos acréscimos, o Botafogo teve no atacante o seu herói. Afinal, foi o mesmo Erik quem marcou os dois primeiros gols da equipe nesta quarta. Com a classificação já garantida, Alex Santana marcou quase do meio de campo para coroar uma noite memorável para o time carioca.
A classificação é mais um sinal da reação do Botafogo, que começou muito mal a temporada e foi eliminado precocemente da Taça Guanabara, mas emendou quatro vitórias consecutivas. A desta quarta foi a mais significativa, afinal, o Defensa y Justicia é o vice-líder e único invicto do Campeonato Argentino após 19 rodadas.
Com este retrospecto, o Defensa y Justicia deixou claro desde o início que tentaria bater o Botafogo no volume de jogo. O time da casa dominava a posse, rondava a área e criou boas chances no início. Na principal delas, Delgado fez grande jogada pela esquerda e cruzou na cabeça de Castro, que subiu completamente livre e jogou para fora.
A falta de pontaria era a principal inimiga dos argentinos, e as poucas bolas que iam no gol paravam em Gatito Fernández. Isso deu confiança para o Botafogo, que aos poucos deixou o campo de defesa e se arriscou no ataque. Na melhor oportunidade da primeira etapa, Pimpão cruzou da direita, Kieza não conseguiu a finalização e Barboza quase marcou contra.
O Defensa y Justicia rapidamente retomou a posse e a pressão, martelou, mas não conseguiu furar o bloqueio botafoguense. E depois de tentar 10 finalizações, o time argentino foi castigado na primeira tentativa do Botafogo. Aos sete da etapa final, Jean deu lançamento perfeito da defesa e encontrou Erik nas costas de Tripichio. O atacante invadiu a área sozinho e bateu na saída do goleiro.
Restou aos donos da casa, então, se lançarem ao ataque. Nicolás Fernández foi acionado e logo na primeira bola quase marcou. Ele recebeu sozinho na área e cabeceou por cima. Aos 20, Barboza recebeu na área e ajeitou justamente para o atacante, que marcou, mas estava impedido.
O Botafogo era pressionado, e viu o adversário se tornar ainda mais perigoso após a expulsão de Marcinho, que deixou o braço no rosto do adversário. Quando o Defensa y Justicia era todo ataque, o contragolpe brasileiro resultou no pênalti de Miranda em Pimpão. Erik foi para a cobrança e marcou o segundo.
A vaga estava garantida, mas o melhor havia ficado para o final. Aos 35 minutos, Alex Santana recebeu próximo ao meio de campo e arriscou por cobertura, surpreendendo Unsaín e marcando um golaço. De nada havia adiantado os 19 chutes do Defensa y Justicia diante da precisão botafoguense.
FICHA TÉCNICA:
DEFENSA Y JUSTICIA 0 X 3 BOTAFOGO
DEFENSA Y JUSTICIA – Luis Unsaín; Tripichio, Alexander Barboza, Lisandro Martínez e Rafael Delgado (Nicolás Fernández); Alexis Castro, Domingo Blanco, Villarruel (Leonel Miranda) e Merlini (Matías Rojas); Ignacio Aliseda e Fernando Márquez. Técnico: Sebastián Beccacece.
BOTAFOGO – Gatito Fernández; Marcinho, Marcelo Benevenuto, Gabriel e Jonathan (Gilson); Jean, Alex Santana e Luiz Fernando (Leo Valencia); Erik, Rodrigo Pimpão e Kieza (Helerson). Técnico: Zé Ricardo.
GOLS – Erik, aos sete minutos do segundo tempo. Erik, aos 29, e Alex Santana, aos 35 minutos do segundo tempo.
ÁRBITRO – Diego Haro (Fifa/Peru).
CARTÕES AMARELOS – Alexis Castro, Alexander Barboza, Tripichio, Nicolás Fernández (Defensa y Justicia); Jean, Luiz Fernando, Gatito Fernández, Marcinho, Kieza, Rodrigo Pimpão (Botafogo).
CARTÃO VERMELHO – Marcinho (Botafogo).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Norberto Tomaghello, em Buenos Aires (Argentina).