Policial

Policiais bancam outdoor em defesa de PRF que matou empresário

Vídeo foi publicado uma semana antes do julgamento de Moon


No outdoor, além do questionamento e do código também há a logo do Sinprf-MS (Foto: Kisie Ainoã)

Na Avenida Ricardo Brandão, QR Code no outdoor com o questionamento 'Entre policiais e infratores da lei, de que lado você fica?', redireciona o usuário para a publicação de um vídeo com cinco motivos pelo qual o policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 49 anos, não deve ser condenado pela morte do empresário Adriano Correia Nascimento. O material é estratégia para sensibilizar a opinião pública antes de julgamento do crime.

O vídeo foi publicado no dia 3 de abril, uma semana antes do julgamento de Moon, na página do Facebook do Sinprf-MS (Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Mato Grosso do Sul) e agora foi parar no outdoor.

Na descrição da publicação, o material afirma que “traz uma reflexão a Sociedade' e reforça o questionamento se em situações similares os policiais “devem se omitir ou agir para que uma pessoa em estado de embriaguez não cause dano ou lesão maior?'.

A publicação também informa a fonte do vídeo e redireciona o usuário para uma conta do Youtube nomeada como R. M., que tem apenas este vídeo publicado, há seis meses.

Nomeado como 'Os cinco fatos que você desconhece do Moon', o vídeo com pouco mais de sete minutos inicia os argumentos em defesa do policial rodoviário federal dizendo que Moon, teria atirado em Adriano ao reagir a uma 'tentativa de atropelamento'. Entre os motivos elencados estão a “munição que não sumiu' e “testemunhas ignoradas'.

Julgamento

Marcado por manifestações de colegas uniformizados, o júri do policial rodoviário federal Ricaro Hyn Su Moon teve início em 11 de abril, mas suspenso pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, pois um dos jurados que sofria de ansiedade e depressão, passou mal durante o julgamento.

 

Na ocasião, foram tomados depoimentos de duas pessoas que estavam na Toyota Hilux de Adriano Nascimento e o próprio policial, que manteve a tese de legítima defesa e afirmou que o empresário estava “armado' com uma caminhonete de duas toneladas.

O julgamento foi remarcado para o dia 30 de maio, quando haverá novo sorteio de jurados e tomada de todos os depoimentos novamente.